Brasileiro em base militar bombardeada na Ucrânia relata ataque: 'Mataram todo mundo'
Tiago Rossi teve de fugir para Polônia e disse ter se apresentado voluntariamente para ajudar no combate contra a Rússia
O instrutor de tiro paranaense Tiago Rossi, que estava em uma base militar da Ucrânia que foi bombardeada por russos nesse domingo (13) relatou nas redes sociais os momentos de desespero vividos no local. O ataque foi na Legião Internacional de Defesa Territorial, em Lviv.
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"O bombardeio russo voltou e simplesmente acabou com a base. Mataram todo mundo que estava lá. E, graças a Deus, eu saí. A gente tá aqui dentro da Polônia agora", comentou o brasileiro. As informações são do Uol.
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Conforme Rossi, o primeiro ataque ocorreu às 3h do domingo (horário da Ucrânia). Ele conta que um caça soltou um míssil, momento em que ele e os colegas saíram correndo.
Ele conta que ainda voltou à base, mas foi orientado a deixar o local o "mais rápido possível", relatando que estouraram todo o galpão de armazenamento de armas, matando muitas pessoas
"É muito sério isso. Não imaginava o que era uma guerra. A gente tomou a decisão de sair na hora certa. A gente está indo para um local para descansar para voltar ao combate", contou.
Conforme o governo ucraniano, 35 pessoas morreram no ataque à base. No entanto, a Rússia afirma ter matado "até 180 mercenários estrangeiros" e fala ainda em destruição de armamento fornecido pelo Ocidente.
Tiago Rossi
Tiago Rossi tem 28 anos e é do Paraná. Apoiador de Jair Bolsonaro, ele defende intervenção militar e já publicou diversas mensagens negacionistas na internet, além de publicações homofóbicas, conforme o Uol.
Em março de 2021, Rossi chegou a convocar uma manifestação contra o STF. Em junho do mesmo ano, ele reproduziu falas de Bolsonaro criticando o uso de máscaras.
Na Ucrânia, ele disse ter se apresentado voluntariamente para ajudar no combate contra os russos. A presença dele na base foi confirmada pela publicação por combatentes brasileiros.