Benefícios da vacina AstraZeneca superam riscos de coágulos, conclui agência europeia

O posicionamento do comitê de segurança da EMA foi divulgado nesta quarta (7), e a recomendação de uso não deve mudar

Escrito por Redação ,
Vacina AstraZeneca é manuseada por profissional de saúde
Legenda: O posicionamento da agência regulatória surge após conclusão da Organização Mundial de Saúde
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A vacina contra a Covid-19 de Oxford/AstraZeneca pode, de fato, causar coágulos sanguíneos raros, segundo aponta descoberta do comitê de segurança da EMA (Agência Europeia de Medicamentos). No entanto, de acordo com o órgão, os benefícios do imunizante em relação à prevenção contra o coronavírus ultrapassam os riscos dos efeitos colaterais.

A informação foi confirmada nesta quarta-feira (7) pela CNN norte-americana. Ainda segundo o comitê, 18 mortes foram reportadas à agência até agora, em uma revisão de 62 casos, todos relacionados a uma coagulação nos seios da face que drenam o sangue do cérebro.

Além disso, outros 24 casos de trombose em uma veia no abdômen foram relatados e encaminhados à uma base de dados que analisa a segurança de medicamentos na União Europeia. O comitê aponta que os casos se tornaram públicos espontaneamente, vindos da Área Econômica Europeia e do Reino Unido.

Coletiva deve confirmar

A conclusão até então é de que a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido deve informar os dados em uma coletiva de imprensa, ainda sem data confirmada.

Essa decisão ocorre cinco dias após um relatório semanal apontar pelo menos 22 pessoas com casos de coágulos e outras oito com possíveis raras tromboses.

Ainda nesta quarta (7), o diretor-executivo da EMA, Emer Cooke, informou que a agência reguladora irá adicionar as informações sobre os coágulos na lista dos possíveis efeitos colaterais da vacina, mas a recomendação para o uso não deve mudar.

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Segundo Cooke, os benefícios da prevenção contra a doença ainda assim "superam os riscos dos efeitos colaterais". Dessa forma, o posicionamento deve pontuar que há a necessidade de atenção às pessoas que tomarem alguma dose da vacina por cerca de duas semanas após a inoculação.

“Até agora, a maioria dos casos relatados ocorreu em mulheres com menos de 60 anos de idade dentro de 2 semanas de vacinação. Com base nas evidências atualmente disponíveis, os fatores de risco específicos não foram confirmados”, disse o comunicado da agência. 

 

 

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