Após morte de jornalista da Reuters em Israel, Líbano fará queixa formal na ONU sobre assassinato
Issam Abdallah morreu na última sexta-feira (13) após ser atingido por bombardeios que teriam sido disparados por Israel
A morte do fotojornalista libanês Issam Abdallah, da agência Reuters, será motivo de queixa formal no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O Ministério das Relações Exteriores do Líbano afirmou, neste sábado (14), que o episódio foi um "assassinato deliberado por Israel". As informações são do portal CNN.
Abdallah morreu na última sexta-feira (13) após ser atingido por bombardeios que teriam sido disparados por Israel, no sul do Líbano. Mais seis jornalistas ficaram feridos no ataque, na fronteira.
"O inimigo israelense lançou um míssil que atingiu um carro civil pertencente a um grupo de mídia que levou ao martírio do cinegrafista Issam Abdallah", ressaltou o governo libanês.
Já as autoridades israelenses declararam, por meio de um porta-voz, que "Estamos cientes do incidente com o jornalista da Reuters. Estamos investigando. Já temos imagens. Estamos fazendo interrogatórios. É uma coisa trágica”.
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Ataque foi filmado ao vivo
O momento do ataque foi registrado durante cobertura ao vivo. Após as bombas, uma mulher chega a gritar: "O que está acontecendo? Não consigo sentir minhas pernas".
"Estamos profundamente entristecidos por saber que nosso cinegrafista, Issam Abdallah, foi assassinado", declarou a Reuters em um comunicado, acrescentando que "ele fazia parte de uma equipe da Reuters no sul do Líbano".
Os bombardeios de Israel tiveram como alvo as imediações de Dhayra e Alma al-Shaab, duas localidades perto da fronteira.