Times de telescópios da Nasa reúnem imagens de galáxias que lembram uma árvore de Natal

Os registros são combinação entre luzes visíveis e infravermelhas, capturadas pelos telescópios Hubble e James Webb

Legenda: As cores funcionam como indícios das distâncias das galáxias: as de cor azul estão mais próximas, enquanto as vermelhas, mais distantes
Foto: Divulgação/Nasa

Imagens capturadas pelos telescópios espaciais James Webb e Hubble, da Nasa, que foram divulgadas no último 9 de novembro, exibiram uma união de diversas galáxias, em um movimento iluminado e colorido, semelhante a luzes de uma árvore de Natal. De beleza singular, trata-se do par de aglomerados de galáxias em colisão, chamado MACS0416.

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Resultante da combinação entre luz visível e infravermelha que aparecem, eventualmente se combinarão para formar um aglomerado maior, de acordo com a Nasa. Para a imagem ser possível, os comprimentos das ondas mais curtas de luz foram codificados pela cor azul. Os mais longos, pelo vermelho. Por fim, os intermediários, pela cor verde. As cores, portanto, funcionam como indícios das distâncias das galáxias: as de cor azul estão mais próximas, enquanto as vermelhas, mais distantes.

Haojing Yan, autor principal de um artigo que descreve os resultados científicos, explicou à Nasa o motivo da comparação com árvores de Natal. “Estamos chamando MACS0416 de Aglomerado de Galáxias da Árvore de Natal, tanto porque é tão colorido quanto por causa das luzes tremeluzentes que encontramos dentro dele”, explicou o pesquisador da Universidade do Missouri, professor associado de Física e Astronomia.

O fenômeno cósmico se encontra a 4,3 bilhões de anos-luz da Terra. O telescópio espacial Hubble tem sido usado há muito tempo para procurar galáxias distantes e fracas em diferentes comprimentos de onda de luz.

O olhar infravermelho do James Webb permite que essa busca ocorra em distâncias ainda maiores, detectando luz invisível mais profundamente nos primeiros dias do universo. “O quadro completo não fica claro até que você combine os dados do Webb com os dados do Hubble”, disse Rogier Windhorst, professor regente da Escola de Exploração Terrestre e Espacial da Universidade Estadual do Arizona.


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