Nasa anuncia nova abordagem para trazer amostras de Marte pela primeira vez até 2035
Projeto seria inédito na história da exploração espacial
A Nasa anunciou, nesta terça-feira (7), uma nova abordagem para o programa de “Retorno de Amostras de Marte” (Mars Sample Retur). A agência buscará trazer, até 2035, por meio de duas opções de pouso simultâneas, rochas e sedimentos marcianos para a Terra. O projeto seria inédito na história da exploração espacial.
A Nasa planeja selecionar mais tarde um único caminho para o programa, que visa entender melhor os mistérios do universo e ajudar a determinar se o Planeta Vermelho já hospedou vida. O modelo – e seu design – devem ser confirmados pela agência no segundo semestre de 2026.
“Seguir dois caminhos potenciais para a frente garantirá que a Nasa seja capaz de trazer essas amostras de Marte com economia significativa de custo e cronograma em comparação ao plano anterior. Essas amostras têm o potencial de mudar a maneira como entendemos Marte, nosso universo e – em última análise – nós mesmos”, disse o administrador da Nasa, Bill Nelson.
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Em setembro de 2024, a agência aceitou 11 estudos da comunidade e da indústria da Nasa sobre a melhor forma de retornar amostras marcianas para a Terra. Uma equipe do programa foi encarregada de avaliar os estudos e, então, recomendar uma arquitetura primária para a campanha, incluindo estimativas de custo.
“Queremos trazê-las de volta o mais rápido possível para estudá-las em instalações de última geração. O Retorno de Amostras de Marte permitirá que os cientistas entendam a história geológica do planeta e a evolução do clima neste planeta árido onde a vida pode ter existido no passado e lançar luz sobre o sistema solar inicial antes que a vida começasse aqui na Terra. Isso também nos preparará para enviar com segurança os primeiros exploradores humanos a Marte”, disse Nicky Fox, que lidera a Diretoria de Missões Científicas da NASA.
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Durante a formulação, a Nasa prosseguirá com a exploração e avaliação de dois meios distintos de pousar a plataforma de carga útil em Marte. A primeira opção alavancará projetos de sistemas de entrada, descida e pouso já executados – método sky crane, demonstrado com as missões Curiosity e Perseverance. A segunda opção capitalizará o uso de novas capacidades comerciais para entregar a carga útil do módulo de pouso à superfície de Marte.