O cometa Leonard, descoberto em janeiro deste ano, vai fazer uma aparição única na Terra na próxima semana. Segundo uma trajetória projetada por cientistas da Agência Espacial Norte-americana (Nasa), o cometa deve passar o mais próximo possível à Terra entre os dias 8 e 12. Ele segue viagem rumo ao Sol.
Se as condições meteorológicas forem favoráveis, Leonard, ou "Cometa de Natal", como alguns portais de notícias sobre ciência o têm chamado, vai poder ser visto a olho nu, próximo à linha oeste do horizonte, em quase todos os países da América Latina nesse período.
Como ver a passagem do cometa?
A principal recomendação para ter uma visão privilegiada da passagem do cometa é buscar lugares sem poluição visual, com horizonte e céu limpos. Binóculos e telescópios podem ajudar a localizá-lo e rastreá-lo.
Segundo pesquisadores, a 'cauda' de poeira característica desse tipo de astro tem um brilho de magnitude quatro, semelhante ao de uma estrela média.
Quando exatamente o cometa poderá ser visto?
Devido à imprevisibilidade dos cometas, a Nasa não consegue ainda precisar exatamente quando e a que horas Leonard vai estar mais próximo da Terra.
Há um indicativo, porém, de acordo com a BBC, de que o dia 12 seja o mais favorável, quando o astro vai estar a cerca de 35 milhões de quilômetros de distância do planeta. Nesse dia, o ideal é tentar ver o fenômeno antes do amanhecer.
Um perfil no Twitter chamado 'Comet C/2021 A1 (LEONARD)' dá atualizações sobre a situação atual do cometa e dicas para vê-lo. Acompanhe:
Cometa Leonard
O cometa Leonard foi descoberto em janeiro deste ano quando estava de passagem entre os planetas Marte e Júpiter. Quem o observou primeiro foi Greg Leonard, pesquisador sênior da Universidade do Arizona, segundo o USA Today.
Ao periódico norte-americano, o astrofísico e fundador do projeto 'Telescópio Virtual', Gianluca Masi, explicou que Leonard é um cometa de aparições raras. A última vez que passou pela Terra foi há mais de 70 mil anos. E, assim que passe pelo Sol, deve ser ejetado do sistema solar e pode nunca mais ser visto na Terra.
"Isso torna a observação deste cometa ainda mais emocionante, pois diremos 'adeus' a este pequeno mundo gelado", disse Masi ao USA Today.