Estudo revela que humanidade viu somente 0,001% do oceano profundo

Área é equivalente ao tamanho do município de Diamantina, em Minas Gerais

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 15:49)
Legenda: Foram reunidos dados de aproximadamente 44 mil mergulhos realizados ao redor do globo desde 1958
Foto: NOAA Ocean Exploration/Divulgação

Um estudo conduzido pela revista científica Science Advances revelou que a humanidade só viu 3.823 km² do oceano profundo, o que representa somente 0,001% do total documentado. De acordo com a Superinteressante, a área é equivalente ao tamanho do município de Diamantina, em Minas Gerais. 

A publicação, divulgada no último dia 7, ainda utilizou um segundo método de pesquisa que chega a uma número ainda menor de área vista: 2.130 km².

Os dados foram analisados por pesquisadores da ONG Ocean Discovery League, que reúne informações sobre o oceano profundo (regiões com mais de 200 metros de profundidade). Foram reunidos dados de aproximadamente 44 mil mergulhos realizados ao redor do globo desde 1958.

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A pesquisa foi feita com base em mergulhos que tiveram imagens do solo oceânico, que mostram o que de fato os mergulhadores viram. O estudo pontua que as observações diretas são poucas e quase 30% delas foram realizadas antes dos anos 1980, com imagens em baixa resolução e em preto e branco. 

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Ainda conforme a pesquisa, 65% do que se viu foi a menos de 200 milhas náuticas (370 km) da costa dos Estados Unidos, Japão e Nova Zelândia. Junto a França e Alemanha, esses países conduziram 97,2% do total de expedições ao oceano profundo. 

“Quando apenas algumas poucas nações decidem o que e onde explorar, muitas outras são excluídas do processo, inclusive em suas próprias águas”, indica Katy Croff Bell, presidente da Ocean Discovery League". 

Os dados obtidos no estudo revelam que 99,999% do oceano profundo permanecem desconhecidos, apesar de 66% do planeta ser composto dessas regiões. Segundo a pesquisa, um dos motivos pode ser o alto custo de explorações: "Precisamos expandir o acesso por meio de tecnologia de baixo custo, que seja fácil de usar, e mais treinamento para pessoas ao redor do mundo". 

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