A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) não recomenda a utilização da AstraZeneca para vacinar pessoas com histórico de síndrome de extravasamento capilar. A orientação consta em comunicado divulgado nesta sexta-feira (11).
A conclusão veio após análise de seis casos de síndrome de extravasamento capilar em pessoas que receberam a vacina. Três dos pacientes já tinham sido diagnosticados com a condição antes.
Portanto, o comitê da agência que avaliou a segurança do imunizante também recomendou que a síndrome seja incluída na bula do produto como um possível efeito colateral.
A instituição explica que essa é "uma condição rara e grave que causa vazamento de fluidos de pequenos vasos sanguíneos".
Em março último, a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que os benefícios da vacina da AstraZeneca superam seus riscos. Eles garantiram que as análises descartam que o imunizante seja capaz de aumentar a probabilidade de coágulos sanguíneos, como se especulava.
Segundo a OMS, casos "raros" de trombose cerebral foram detectados na Europa depois que pacientes receberam o imunizante, mas "não foi provado que tenham sido causados pela vacinação".
Suspensão da AstraZeneca para outros grupos
Recentemente, o imunizante foi suspenso temporariamente para gestantes e puérperas no Brasil. A medida foi recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após suspeita de efeito adverso que causou óbito de grávida e feto.
O Ceará não registrou casos suspeitos de Síndrome de Trombose com trombocitopenia em decorrência dessa vacinação em gestantes, segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Em Fortaleza, 389 gestantes e puérperas tomaram a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19.
Eficácia de 79%
Ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos identificaram que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca possui eficácia de 79% na prevenção de quadros sintomáticos da doença. A pesquisa envolveu mais de 32 mil pessoas.