Rotula-se de “frapê” um jogo que não atinge o nível de qualidade desejável ou, pelo menos, razoável.
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Não achamos que o clássico Ceará X Fortaleza tenha merecido essa adjetivação, se julgarmos a entrega dos dois times para oferecer ao distinto público da TV um resultado melhor.
É sempre bom lembrar que futebol é uma idéia em movimento, de preferência, com a bola, para consecução feliz das projeções táticas.
No entanto, se a longa paralisação imposta pela pandemia prejudicou o desempenho técnico dos times, não arranhou, nem de leve, a disposição para jogar dos arquirivais.
Aí, claro, vieram os erros de finalização e os passes defeituosos para tornar o jogo, a principio, truncado e sem as melhores soluções.
O alvinegro nos pareceu somar mais problemas, a partir do ineficiente jogo pelos lados, dada apatia de Samuel Xavier e Bruno Pacheco.
Por dentro, Sóbis saiu muito da área, isolou-se e só contou mesmo com a jogada de extrema, aqui e ali, de Felipe Baixola.
Já no Fortaleza, os alas Tinga e Carlinhos e mais esse serelepe Iúri é que descobriram os caminhos para o tricolor atacar.
Sem a fartura desejável de oportunidades de gols para os dois lados, Wellington Paulista “triscou” de cabeça, após um escanteio e abriu os trabalhos para o Leão.
Na volta para o segundo tempo, o time de Rogério Ceni, já com Gabriel no posto de Tinga, veio com mais apetite e avisou, em duas jogadas de ataque, que ia chegar ao segundo gol.
Dito em feito, logo aos sete minutos Iúri marcou um golaço, pegando uma bola sobrada de uma intervenção desequilibrada de Deivid, depois de tentar alcançar bola vinda de um escanteio.
Depois disso, o tricolor deu-se ao luxo de substituir os artilheiros do jogo, Welington Paulista e Iúri, como se a conta já estivesse encerrada.
Em termos de reação, com uma força de ataque inexistente, o único suspiro do Ceará se deu por conta da entrada de Rick, autor da jogada do gol de Bergson aos 48 minutos, e responsável por algumas animadas arrancadas.
No mais, é dizer que a vitória do Fortaleza premiou quem teve melhores bocados do jogo.
Quanto ao clássico, pode se afirmar que deu para os gastos.
Miremos nas semifinais.
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