Após passar por dois processos licitatórios sem sucesso, o Anel Viário de Fortaleza ainda espera um acordo entre os órgãos responsáveis do Governo do Estado e do Governo Federal para que um novo edital possa ser montado e as obras sejam retomadas e concluídas.
As obras do Anel Viário de Fortaleza se arrastam desde 2010.
Segundo a Superintendência de Obras Públicas (SOP), uma nova reunião com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está marcada para "os próximos dias".
Segundo o governador Camilo Santana, que garantiu a destinação de recursos por parte do Estado, tanto para o Anel Viário de Fortaleza quando o do Cariri, afirmou que o projeto ainda depende de uma atualização da tabela de valores que será utilizada.
O chefe do Executivo estadual indicou que o modelo usado pelo Dnit estaria defasado, mas que as negociações com a SOP para utilização da tabela do Estado já estão em andamento.
A inflação de custos no setor da construção civil, registrado no mercado global durante a pandemia, foi apontada como uma das explicações para o desencontro nos valores das tabelas do Estado e da União.
"Tivemos a licitação, mas foi deserta, mas temos um problema com a tabela usada porque lá é uma BR então temos de usar os dados nacionais, mas segundo informações que me repassaram, a tabela do Dnit está defasada em relação à da Seinfra, no Estado. Como lançamos a licitação e foi deserta, porque os preços da construção subiram muito, o secretário de infraestrutura está negociando com o Dnit para que a gente possa usar a tabela da Seinfra para que possamos retomar as obras", afirmou Camilo.
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Em relação ao que falta ser construído no Anel Viário de Fortaleza, o governador mencionou poucas etapas, o que pode indicar que a obra está perto da conclusão.
Procurada para comentar o estágio da obra, no entanto, a SOP evitou mencionar uma estimava de conclusão a partir do momento de finalização de um novo processo licitatório, mas destacou as etapas já entregues.
Já sobre as obras no Cariri, Camilo afirmou que o Estado já está trabalhando no edital para a última etapa do projeto, e que a terceira etapa deverá ser inaugurada em breve.
"Falta pouca coisa em Fortaleza. Faltam as alças dos viadutos e algumas conclusões de ciclovias e outros trechos. Já o Anel Viário no Cariri, falta só ligar a energia da terceira etapa e já começamos a quarta etapa, que liga a divisa de Barbalha e Juazeiro ao Aeroporto, e já estamos elaborando o projeto para licitar a última etapa para terminar o projeto. Mas os recursos para ambos os projetos está garantido", disse.
Sobre a operação das obras do Anel Viário de Fortaleza, a SOP destacou que já foram entregues "as conexões com as CEs-040/010, 060 e 065, além da liberação para tráfego em pista duplicada em toda a extensão de 32 km do Anel Viário". Além disso, a Superintendência destacou a relação entre os entes Estadual e Federal, destacando que uma nova reunião será realizada nos próximos dias.
O objetivo, como adiantou o governador, é discutir as adaptações e modelos da próxima licitação.
"A Superintendência de Obras Públicas e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) trabalham em conjunto para viabilizar a conclusão dos serviços remanescentes dos 32 km do Anel Viário, trecho da BR-020, que se conecta às rodovias BRs-116 e 222 e CEs-010, 040, 060 e 065. Uma nova reunião sobre o assunto deve ser realizada nos próximos dias.
Conveniada através do Termo de Compromisso nº 767/2011, a obra de duplicação é realizada por meio de parceria entre Dnit e SOP. O Dnit é responsável pelos projetos e repasse dos recursos. À SOP cabe contratação e fiscalização da execução da nova pista.
Desde 2019, foram entregues as conexões com as CEs-040/010, 060 e 065, além da liberação para tráfego em pista duplicada em toda a extensão de 32 km do Anel Viário. Restam a execução de algumas alças, retornos e acessos, além de ciclovia e acabamentos.
A ampliação da capacidade do Anel Viário (BR-020) é fundamental para o fortalecimento do corredor logístico na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), proporcionando também a ligação entre os portos do Pecém e do Mucuripe".