Futebol masculino do Brasil estreia com goleada, mas deixa a sensação que poderia ser melhor

Seleção venceu a Alemanha por 4 a 2 e lidera grupo D

Legenda: Vitória brasileira dá moral para início de campanha olímpica
Foto: Lucas Figueredo/CBF

Em menos de 30 minutos do primeiro tempo, o grande nome da seleção olímpica do Brasil, Richarlison, já havia marcado três gols. Um hat-trick logo na estreia nos Jogos já indicava sinais de que a goleada viria. Não era exatamente o resultado esperado, já que mesmo longe de contar com as estrelas que poderia, os alemães são sempre um adversário de peso e histórico.  

Quem não lembra da última final olímpica decidida nos pênaltis e no último chute? Foi praticamente o que o jogo se tornou no segundo tempo, valendo a máxima do “quem não faz leva”, o Brasil viu muitas chances perdidas passarem e a Alemanha, nas poucas vezes que chegava, conseguiu marcar duas vezes e começar a assustar, com o placar de 3 a 2. No fim, Paulinho deu a tranquilidade ao resultado, marcando o quarto gol. 

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Em um início para o futebol masculino de resultados surpreendentes, com a Argentina perdendo de 2 a 0 para a Austrália e a favorita Espanha empatando em 0 a 0 com o Egito, o Brasil fez o dever de casa, assegurou a liderança do grupo D. No próximo domingo, às 5h30 da manhã (horário de Brasília), enfrenta a segunda colocada, Costa do Marfim. 

Cerimômia de abertura restrita 

Um dos momentos mais esperados de todas as Olimpíadas é sem dúvida a cerimônia de abertura. É o momento de encontro das nações, troca entre as delegações. Além dos atletas, coreógrafos, atores e dançarinos, ocupavam os estádios. Luzes, fogos e adereços ganham espaço em meio ao palco esportivo. 

Em Tóquio 2020, a cerimônia deve apostar na sobriedade, associada ao contexto do mundo, mas com os detalhes da estética japonesa. Pelo Brasil, apenas os porta-bandeiras Bruninho e Ketleyn Quadros participarão do evento, acompanhados pelo chefe da missão Marco La Porta, e por mais um oficial administrativo. 

Bruninho e Ketleyn Quadros
Legenda: Bruninho e Ketleyn Quadros serão os porta-bandeiras brasileiros
Foto: Divulgação

Apesar de tudo, às 8h da manhã (horário de Brasília), quando a cerimônia começar, parte do mundo deve parar e contemplar o espetáculo, que assim como o tema dos Jogos, devem remeter à reconstrução. Olímpica, claro, mas refletindo na sociedade, que o que mais espera desde o início da pandemia, é a possibilidade de se reconstruir. 

Programação de Sexta-feira recheada 

Além da abertura, o primeiro dia oficial de competições terá muitos brasileiros na disputa. Como destaque haverá a estreia da candidata ao ouro, seleção masculina de vôlei, que enfrenta a Tunísia (23h05). Agatha e Duda também estão entre as cotadas para o lugar mais alto do pódio e enfrentam a dupla argentina, Gallay/Pereyra (23h). Alisson e Álvaro encaram os também argentinos, Azaad/Capogrosso (22h). Tem handbol masculino, contra a Noroega (23h) e classificatória da ginastica artística masculina (22h).

Anéis
Legenda: Anéis olímpicos em frente ao Estádio Nacional de Tóquio
Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters

Cenário epidemiológico é preocupante 

Na véspera da abertura dos Jogos, Tóquio registra 1979 novos casos de Covid. É o oitavo dia seguido com o número acima de mil. Entre os credenciados são 91 casos , sendo 81 entre funcionários e 10 em atletas. A equipe de saúde brasileira, inclusive, foi ao Japão reforçada, com 16 profissionais. A previsão inicial era de oito.