Prefeito de Sobral descarta realização de festas públicas no Réveillon e Carnaval

Para os eventos privados serão exigidos os passaportes de vacinação, diz Ivo Gomes

Legenda: A tradicional festa do Bloco dos Sujos, no pré-carnaval, está descartada por conta do risco de nova onda da Covid-19

Em meio aos debates sobre a preocupação com a Covid-19 em outros países e o risco do recrudescimento da situação no Ceará e no Brasil, o prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), foi mais um a se posicionar contra a realização de festas públicas no Réveillon e Carnaval.

Nas redes sociais, o gestor descartou a possibilidade de realização de comemorações públicas no fim de ano e também as possíveis festividades da folia no início de 2022.

"Não vou ficar com essa preocupação na minha cabeça. Há um risco e nós não vamos descuidar", disse o prefeito em contato com esta Coluna, ao acrescentar que os números da Covid-19 na cidade estão controlados por enquanto.

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Apesar de não ter tradição de atração de turistas para essas festas, o município realiza anualmente um evento de fechamento do pré-carnaval que reúne pessoas de toda a região, o Bloco dos Sujos. 

Na última edição, em 2020, antes da pandemia, a festa registrou mais de 30 mil pessoas nas ruas da Cidade, segundo dados da gestão municipal, um cenário inimaginável para o momento.

De acordo com a declaração do prefeito, pelo menos por enquanto, a festa está suspensa. "Eu lamento muito. É uma festa que eu mesmo gosto, mas ela reúne pessoas de várias cidades e nós ainda não estamos podendo realizar. Não vamos descuidar", reforçou.

Apesar de estar com a situação mais tranquila em relação as infecções por Covid-19, o crescimento de casos em outras partes do mundo tem assustado gestores no Ceará.

Reações de outras autoridades

Inicialmente, o próprio governador Camilo Santana se posicionou contrário à realização de festas, sem controle rígido em relação ao passaporte das vacinas. A declaração do governador veio em meio à preparação de municípios, principalmente os turísticos, em relação a realização dos eventos.

Nesta semana, em contato com esta coluna, o secretário de Turismo do Estado, Arialdo Pinho, também manifestou sua contrariedade em realizar atos festivos de rua neste momento.

Ele defendeu, inclusive, que o Brasil adote o passaporte de vacinação para estrangeiros que queriam entrar no País.