No Fortaleza de Vojvoda, a escalação que termina é tão importante quanto a que começa

Com status de titularidade, Calebe e Lucero iniciaram no banco, entraram no 2º tempo e garantiram a vitória sobre o Cruzeiro. Isso ocorreu por estratégia de Vojvoda

Legenda: Vojvoda está no rol dos principais técnicos da história do Fortaleza
Foto: Mateus Lotif / Fortaleza

O banco de reservas fez a diferença na vitória do Fortaleza por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na noite desta quarta-feira (21). O resultado foi construído por dois jogadores que iniciaram na suplência. E isso demonstra, mais uma vez, que para Vojvoda, no Fortaleza, a escalação que termina é tão importante quanto a escalação que começa.

Calebe e Lucero entraram aos 19 minutos e mudaram o jogo. Os dois possuem status de titularidade, mas não iniciaram jogando, enquanto Guilherme (que foi mal) e Yago Pikachu ganharam vaga na onzena inicial.

Lucero e Calebe comemoram gol marcado pelo Fortaleza contra o Cruzeiro
Legenda: Calebe deu passe para o gol de Lucero, na vitória do Fortaleza por 1 a 0 sobre o Cruzeiro
Foto: Bruno Oliveira/Fortaleza

Decisão contestada por muita gente. Mas muito clara na cabeça de Vojvoda. Para ele, isso não quer dizer que os dois são reservas. Só que o treinador é um estrategista. Quer dizer, sim, que ele não se importa apenas em começar bem o jogo. É importante terminar bem. A cada partida, monta um plano de jogo específico para superar o adversário em questão.

Há jogos em que precisará se defender mais no 1º tempo, resguardando alguns dos melhores jogadores para o 2º tempo, momento que o adversário já estará mais desgastado e irá ceder espaços. Tudo que o Fortaleza gosta. O próprio Vojvoda falou isso.

"O planejamento para a partida era começar com uma força defensiva e comportamentos defensivos com equilíbrio. E explorar as costas dos laterais e da defesa do Cruzeiro. Sabíamos que eles, por jogarem em casa iam propor um jogo de posse de bola. Eles têm essa característica e precisavam ganhar o jogo. Acho que no primeiro tempo tivemos chances e não finalizamos bem. Mas depois conseguimos boas transições", admitiu o treinador.

E deu muito certo. O Fortaleza foi claramente superior no 2º tempo (vale destacar também a entrada de Hércules no intervalo), criou mais oportunidades, esteve mais inteiro fisicamente e poderia ter vencido até por um placar mais elástico. Pois a escalação que terminou, neste caso, foi até melhor do que a que começou.

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