O jogo entre Tombense e Londrina, no dia 19 de maio deste ano, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro, está sendo investigado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol, o STJD, com suspeita de manipulação de resultado.
De acordo com a coluna de Venê Casagrande, do jornal O Dia, um inquérito foi aberto para apurar os fatos. A suspeita é de "equipe com mais cartões no duelo". A Confederação Brasileira de Futebol também já foi comunicada do processo, colocando-se à disposição para ajudar na apuração.
Neste momento, o foco reside na arbitragem, que poderia ter influenciado no número de cartões aplicado no duelo entre os times. Na ocasião, o dono do apito foi Jefferson Ferreira de Moraes, de Goiânia. Ele foi chamado para ser interrogado pelo STJD, nesta segunda-feira (17).
Aposta
Conforme documentos levantados pelo STJD, o volume de faturamento para o "mercado" na casa de aposta operadora Betano foi de 5,9 mil euros, mais de 31 mil reais.
Na ocasião, os apostadores, que por coincidência são da mesma região do árbitro Jefferson Ferreira de Moraes, apostaram que Tombense teria um número maior de cartões no duelo com o Londrina.
Por sua vez, segundo a súmula do jogo, disponível no site da CBF, Tombense recebeu dois cartões amarelos e Londrina apenas um (não teve cartão vermelho no duelo). O primeiro foi aplicado para a equipe de Minas Gerais, aos 15 minutos do segundo tempo, ao atleta Pierre.
O segundo foi para o time de Paraná, aos 42 do segundo tempo, ao jogador Diego Jardel. E o terceiro, novamente para a agremiação de Tombos, foi aos 2 minutos de acréscimo do segundo tempo, para Wesley.
Injustiça
O que gerou revolta na ocasião, quando nem sequer havia suspeita de manipulação, é que jogadores e membros da comissão da Tombense reclamaram que o árbitro deu cinco minutos de acréscimo e terminou a partida justamente após o cartão aplicado a Wesley, que, na visão deles, foi dado de forma injusta.
A reportagem entrou em contato com os presidentes do Tombense e do Londrina. Até o momento, nenhum dirigente respondeu às chamadas, mas a coluna de Venê Casagrande apurou que não será só o árbitro a ser intimidado pelo STJD.
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