Uma fake news acompanha o argentino Lionel Messi nos últimos anos: o autismo. O atacante, campeão da Copa do Mundo de 2022 com a Argentina, nunca se declarou autista, mas essa informação cresce em momentos da carreira do astro de 35 anos.
A lenda urbana nasceu no Brasil, em agosto de 2013. Na época, o escritor e jornalista Roberto Amado publicou em um site que o jogador tinha sido diagnosticado aos oito anos de idade com a síndrome de Asperger - nomenclatura essa que não é mais utilizada para se classificar o autismo.
No material, diversas características de Messi eram destacadas como timidez, foco em jogo e a própria habilidade no esporte. Assim, o dado incorreto ganhou força e se popularizou mundialmente.
Personalidades como o ex-jogador Romário, campeão mundial em 1994 e atualmente senador, já mencionaram o tema. Apesar disso, médicos de Messi e familiares sempre negaram a situação, que também não é abordada em biografias sobre o atacante.
O que é autismo?
Segundo o Ministério da Saúde, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento, como: ações repetitivas, hiperfoco para objetos e restrição de interesses.
Dentro do espectro são identificados graus que podem ser leves e com total independência, apresentando discretas dificuldades de adaptação, até níveis de total dependência para atividades cotidianas ao longo de toda a vida.