Caso do dinamarquês Eriksen traz à tona histórias semelhantes de atletas profissionais
O duelo entre Dinamarca x Finlândia, no Parken Stadium, teve um momento de extrema apreensão, neste sábado (12), antes do fim do 1° tempo, após o meio-campista Christian Eriksen, maior ídolo da seleção dinamarquesa, sofrer um mal súbito em campo.
O atleta foi socorrido pela equipe médica e, após dez minutos de massagem cardíaca, saiu do gramado na maca e consciente. O quadro de saúde dele é estável. Ele está consciente e bem em um hospital, e a partida foi retomada.
A situação vivida na cidade de Copenhague, na Dinamarca, no entanto, não foi a primeira do tipo sofrida por um atleta profissional.
Éverton Costa
Casos como o de Christian Eriksen aconteceram com o brasileiro Éverton Costa e o congolês Muamba.
O brasileiro, que desenvolveu arritmia cardíaca após contrair Doença de Chagas, teve um mal súbito, em 2014, durante uma partida do Vasco contra o Resende pela Copa do Brasil e precisou ser reanimado dentro da ambulância. O atendimento foi bem-sucedido e o ex-atacante sobreviveu.
Além do Vasco, o jogador passou por Internacional, Grêmio e Santos.
Muamba
O congolês Muamba, por sua vez, viveu uma situação mais angustiante e de incerteza. O atleta, à época com 23 anos, teve uma parada cardíaca dentro de campo em agosto de 2012. Seu coração ficou parado durante 78 minutos, até que voltou a bater.
Ele se aposentou pouco tempo depois.
Leo Neves
O surfista brasileiro Leo Neves faleceu em 2019 durante a disputa de uma competição na praia de Itaúna, em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O atleta, de 40 anos, sofreu um mal súbito e faleceu antes de chegar ao hospital.
Marc-Vivien Foé
Em 2003, o camaronês Marc-Vivien Foé, de 28 anos à época, foi vítima de um infarto fulminante durante o embate entre Camarões x Colômbia, pela semifinal da Copa das Confederações.
Aos 27 minutos do 1° tempo, o atleta caiu no círculo central do gramado sozinho e necessitou de atendimento médico urgente. Após algumas tentativas de reanimação em campo, Foé foi retirado de campo em uma maca, onde recebeu respiração boca-a-boca e oxigênio.
Os médicos tentaram reanimá-lo durante 45 minutos. Marc-Vivien Foé chegou ao centro médico com vida, mas acabou falecendo pouco depois. O boletim médico da época evidenciou que Foé sofria da cardiomiopatia hipertrófica - uma condição hereditária que aumenta o risco de morte súbita durante práticas esportivas.
Miklós Fehér
Sete meses após o falecimento de Marc-Vivien Foé durante a semifinal da Copa das Confederações, o mundo futebolístico voltou a viver momentos de tensão após Miklós Fehér, atleta do Benfica à epoca, cair no gramado do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, Portugal.
O Benfica vencia o Vitória de Guimarães por 1 a 0. O duelo se encaminhava para os acréscimos do 2° tempo, quando Miklós Fehér caiu no gramado e necessitou de intervenção médica urgente. O atleta, de 24 anos, foi encaminhado ao hospital, mas morreu devido a uma fibrilação ventricular, em virtude de uma cardiomiopatia hipertrófica.
Serginho
O ano de 2004 marcaria ainda o falecimento de outro atleta. O brasileiro Serginho, à época zagueiro do São Caetano, caiu no gramado após um mal súbito em decorrência de cardiomiopatia hipertrófica. O atleta, de 29 anos, foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu e faleceu.
Serginho estava disputando sua 5ª temporada pelo São Caetano. Durante sua passagem pelo clube paulista, foi vice-campeão da Copa Libertadores, em 2002, e conquistou o Campeonato Paulista, em 2004, meses antes de falecer em campo em duelo contra o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro.