A competição será nos Estados Unidos e começa nesta quinta-feira (20)
Nesta quinta-feira (20), começa a Copa América, a maior competição de seleções do futebol sul-americano. A edição de 2024 será nos Estados Unidos e terá 16 seleções, divididas em 4 grupos. As duas primeiras colocadas avançam de fase.
Entre os participantes, estão pesos pesados do continente, como Brasil, Argentina (atual campeã do torneio de da Copa do Mundo) e Uruguai. Entre as candidatas a surpresa estão Colômbia e Equador, que fazem campanhas consistentes nas Eliminatórias Sul-Americanas, e o México, sempre potência na Concacaf.
Veja grupos da Copa América
1ª RODADA
Grupo A
Argentina x Canadá
20/06 - 21h - Atlanta
Peru x Chile
21/06 - 21h - Dallas
Grupo B
Equador x Venezuela
22/06 - 19h - Santa Clara
México x Jamaica
22/06 - 22h - Houston
Grupo C
Estados Unidos x Bolívia
23/06 - 19h - Dallas
Uruguai x Panamá
23/06 - 22h - Miami
Grupo D
Colômbia x Paraguai
24/06 - 19h - Houston
Brasil x Costa Rica
24/06 - 22h - Los Angeles
Onde Assistir
A Copa América 2024 terá transmissão da TV Globo, Sportv e Globoplay.
Trio de Peso
Argentina, Uruguai e Brasil concentram os títulos da Copa América: A Argentina buscará conquistar sua 16ª Copa América e desempatar sua disputa particular com o Uruguai para ser a maior vencedora do torneio.
No momento, ambos possuem 15 títulos. Foi justamente na Copa América passada, disputada no Brasil, em 2021, que a 'Albiceleste' e o astro Lionel Messi tiraram das costas o peso de 28 anos sem títulos (a Copa América do Equador-1993 havia sido a última conquista) e embalaram para conquistar a Copa do Mundo no Catar em dezembro de 2022.
Os uruguaios, por sua vez, conquistaram seu último título em 2011, justamente na Argentina, onde derrotaram o Paraguai.
Com nove conquistas, o Brasil ocupa o terceiro lugar na lista dos vencedores da mais antiga competição de seleções do mundo, que é realizada desde 1916 e vai comemorar sua 48ª edição nos EUA. A última conquista brasileira foi em 2019, no Maracanã, contra o Peru.
Atrás das três potências sul-americanas, com dois títulos cada, aparecem Peru, Paraguai e Chile, e a tabela dos campeões é completada por Bolívia e Colômbia, com uma Copa América conquistada por cada um, ambos como anfitriões.
Despedida de craques?
Nem mesmo os grandes heróis do futebol sul-americano conseguem driblar a passagem do tempo. Com a aposentadoria no horizonte, a Copa América de 2024 nos Estados Unidos pode ser a última para astros como Lionel Messi, Luis Suárez, Alexis Sánchez e Ángel Di María.
"Enquanto me sentir bem e puder continuar contribuindo, vou (continuar jogando pela Argentina). A única coisa em que penso hoje é chegar à Copa América."
A frase foi dita por Messi no documentário "Campeones, un año despues" (Campeões, um ano depois), lançado em dezembro.
O camisa 10 completará 37 anos no dia 24 dejunho, em pleno torneio, joga numa liga considerada menor (a americana MLS) e já não tema explosão de antes.
Ele não nega que gostaria de participar da Copa do Mundo de 2026, mas tem consciência de que até lá estará em uma idade que "normalmente não é suficiente" para disputá-la.
Se há dúvidas sobre sua presença para defender o título no próximo Mundial, elas são muito maiores para a próxima Copa América, que será realizada em 2028, quando 'La Pulga' estará fazendo 41 anos.
Jovens talentos
Campeões da Champions, da Premier League e competindo em alto nível na Europa. Vinícius Júnior, Rodrygo, Julián Álvarez, Mac Allister, Luis Díaz, Valverde, entre outros, pedem passagem na Copa América, em mais uma mostra de que o futebol sul-americano é uma fonte inesgotável de jovens talentos.
A lista é extensa, mas já conta com jogadores que nem chegaram a completar 20 anos, como é o caso de Endrick (17 anos), nova estrela do Real Madrid, e do argentino Alejandro Garnacho, destaque do Manchester United aos 19 anos.
Como chega o Brasil
Sem seu melhor jogador dos últimos anos, o lesionado Neymar, mas com Vinícius Júnior em ascensão na corrida pela Bola de Ouro, o Brasil busca conquistar a Copa América dos Estados Unidos para esquecer as últimas decepções.
Este é um raio-X da Seleção Brasileira de Dorival Júnior que buscará o décimo título, o primeiro desde 2019, do torneio de seleções mais antigo do mundo, que será disputado de 20 de junho a 14 de julho.
Sem Neymar
Embora suas constantes polêmicas o tenham transformado em uma figura de amor e ódio, Neymar deu tempero a uma seleção que nos últimos anos se mostrou insossa e sofreu vários reveses retumbantes.
Sua influência em campo tem sido tão marcante que chegou a se falar de uma 'Neymardependência', uma 'doença' que Dorival Júnior se propôs a curar.
"O Brasil tem que aprender a jogar sem Neymar", disse o técnico ao assumir o cargo, em janeiro.
Em solo americano todos saberão se a Seleção estará 'curada', já que o agora jogador do saudita Al-Hilal estará ausente devido a uma grave lesão no joelho sofrida em outubro.
Um dos grandes desafios de Dorival Júnior é encontrar alguém que preencha a ausência criativa e goleadora do camisa 10 de 32 anos.
"É muito ruim ficar de fora, mas vou torcer por eles. Espero que o Brasil consiga vencer, eles têm um time para isso, jogadores de muita qualidade”, disse 'Ney' no início do mês.
Vini, o nome da esperança
Ainda não está muito claro se Vini Jr. poderá assumir o peso de liderar a Seleção, e menos ainda em momentos de crise após um ano de 2023 para ser esquecido.
Mas o atacante do Real Madrid, que ainda está se consolidando no time canarinho (29 jogos, 19 como titular, e três gols), chega aos Estados Unidos como sério candidato à Bola de Ouro depois de vencer e ser eleito o melhor jogador na Liga dos Campeões da Europa.
Ele seria o primeiro brasileiro a conquistar o prêmio da revista France Football desde que Kaká, em 2007, e um verdadeiro impulso para a atual geração de jogadores.
Vini pode ser uma referência ofensiva, ao lado de seu companheiro madridista Rodrygo e da joia Endrick, de 17 anos, que promete dar o que falar em sua estreia no time 'merengue' na próxima temporada.
Renovação
Defendendo uma seleção "equilibrada" que volte a atrair a atenção dos brasileiros, Dorival optou por renovar a equipe com o objetivo final de conquistar o hexacampeonato mundial.
"Teremos um campeonato difícil e muito disputado. Para mim, é uma preparação para qualquer competição mais forte. Não tenho dúvidas de que vamos fazer de tudo para estar no jogo final", disse ao revelar a lista definitiva em maio.
Dos 26 convocados, 15 não participaram da Copa do Mundo do Catar de 2022 e 13 disputaram cinco ou menos partidas internacionais. Ele não convocou o capitão Casemiro nem centroavantes experientes como Gabriel Jesus e Richarlison.
Apostou em vários jovens com boa presença na Europa, mas com pouca experiência pela Seleção: os zagueiros Yan Couto, Lucas Beraldo, o meio-campista João Gomes e o atacante Savinho.
"É realmente um momento de transição para nós", disse o goleiro Alisson, de 31 anos, um dos líderes do elenco. "É um grupo jovem, de qualidade e depende de nós".