Há 84 anos, no campo do Urubu, onde atualmente se encontra a sede da Transnordestina, próximo ao cemitério São João Batista, um senhor chamado Valdemar Caracas, à època chefe escritório de manutenção da RVC (antiga RFFSA), dava vida a um dos maiores clubes de futebol da história brasileira: o Ferroviário Atlético Clube.
A oficialização de uma brincadeira (racha) entre operários da antiga companhia ferrroviária, que criaram os times amadores "Jurubeba" e "Matapasto" para esperar o início das horas extras nortunas das oficinas, ganhou forma, ganhou nome, sede, uma torcida apaixonada e atravessou gerações. São 84 anos de conquistas estaduais, participações em campeonatos brasileiros e regionais. Foram 9 vezes que o time operário da Barra do Ceará chegou ao topo do futebol do Estado. Já foi também vice-campeão do Nordeste em 1971.
Hoje o Ferrovário completa 84 anos em uma nova fase, recente todavia, mas promissora. Após longo período de crise, com direito a rebaixamento, incertezas, ameaças, como num passe de mágica, em quatro meses, o time se reencontrou. Reencontrou sua história, sua torcida e o seu orgulho.
Se em dezembro não se sabia se o clube da Barra participaria sequer do Estadual, em abril, os corais disputavam uma final de Cearense após 19 anos. Mesmo com o vice-campeonato, um avanço enorme para quem estava estagnado. E a semente plantada em 2017 já deve gerar frutos para 2018. Um calendário repleto de campeonatos espera o Tubarão. Uma oportunidade de engatar de vez a segunda marcha e voltar aos tempos de glória.
As disputas da Copa do Nordeste, do Brasileirão da Série D e Copa do Brasil não devem ser desperdiçadas pelo Ferroviário. Uma evolução na próxima temporada garante o desenvolvimento sustentável do clube nos próximos anos.
Torcedor do Ferroviário, embora de forma humilde, tem muito a comemorar nesses 84 anos de vida. Parabéns, Ferrão!
