O atacante de 22 anos tem oito gols na temporada, sendo seis na elite suíça, e comentou sobre sua boa fase no futebol europeu
O atacante Arthur Cabral, do Basel, vive seu melhor momento no futebol europeu, compartilhando a vice-artilharia do Campeonato Suíço com outros dois atletas, todos com seis gols. Cria das categorias de base do Ceará, o paraibano de 22 anos chegou ao clube da Basileia em 2019 e se firmou nesta temporada como titular absoluto.
Ao todo, foram oito gols e uma assistência em 2020/21, mostrando uma evolução em seu desempenho em campo. Suas atuações despertaram interesse de clubes da França e da Itália, mas Arthur está focado no Basel, uma boa porta para os maiores campeonatos do Velho Continente.
Sua venda ao clube suíço o tornou a maior negociação do futebol cearense, rendendo aos cofres do Vovô um total R$ 13 milhões, contando também com o negócio com o Palmeiras. O Alvinegro ainda deve faturar 15% do valor de uma futura venda de seu ex-atacante.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, Arthur comentou sobre sua fase no Basel, o momento do Ceará nesta Série A do Brasileirão e sobre as expectativas de ser convocado para defender a Seleção Brasileira nas Olimpíadas de Tóquio.
Confira entrevista exclusiva com Arthur Cabral
DN: Você compartilha hoje a artilharia da elite suíça com três atletas, todos com seis gols. Como avalia sua forma física, técnica e consciência tática comparada à última temporada?
"Creio que eu evoluí em todos os quesitos. Nossa vida é uma constante evolução... Estou na segunda temporada, então mais adaptado ao estilo de jogo, ao clima, às condições num geral. Então acho que estou no meu melhor aqui. Agora a busca é por jogar ainda melhor do que no último ano".
DN: A pandemia tem dificultado a vida de todos os clubes pelo mundo. De que forma a falta de torcida e outros protocolos afetam o Basel e também seu trabalho no clube?
"Acho que hoje menos... Estamos também mais acostumados com tudo, o tal do novo normal, né. No começo foi complicado, logo que voltamos, com todas as medidas de segurança. Hoje acho que todos já acostumaram mais. Mas claro que não vemos a hora de tudo voltar ao normal, a torcida poder estar do nosso lado".
DN: Em entrevista no começo de janeiro, você comentou sobre o interesse da Fiorentina no seu futebol. Essa sondagem te estimula a melhorar ainda mais dentro de campo? Houve procura/proposta de outros times?
"Acho que não, o que me incentiva a jogar no meu melhor é o meu trabalho, minha gana de ser cada vez melhor, de conquistar, de voar alto. Eu falei que se houve alguma sondagem, isso nem chega a mim. Essas coisas ficam com meus empresários, eu me preocupo apenas com o campo, com minha parte".
DN: Não dá para deixar o assunto "Ceará" de fora. Você tem acompanhado o Vovô neste Brasileirão? Como analisa o desempenho recente da equipe e qual sua aposta para até onde o time vai chegar ao fim da temporada?
"Tenho acompanhado, claro. O Ceará é um clube que eu tenho muito carinho, torço mesmo, sempre acompanho. Às vezes pelo fuso-horário não consigo assistir os jogos, mas vejo sempre que posso e estou muito feliz com o momento do clube. Cada vez mais consolidado, um grande trabalho do Guto...".
DN: As Olimpíadas enfim vão ocorrer neste ano. Quais suas expectativas para uma possível convocação para a Seleção Brasileira, ainda mais em uma posição tão disputada como é a de atacante?
"Jogar pela Seleção Brasileira era um sonho que eu tinha e eu consegui realizar. Estive no grupo que se preparava para essa competição, então creio que eu posso criar expectativas, sim, para de repente estar lá quando a hora chegar. É mais um sonho, então vou trabalhar para buscar".