Veja balanço do terceiro dia de buscas por vítimas do temporal em Petrópolis
Até o momento, 111 pessoas tiveram a morte confirmada e ao menos 116 estão desaparecidas
As buscas por vítimas em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, chegaram nesta quinta-feira (17) ao terceiro dia. Há intensa movimentação das forças de segurança por desaparecidos, mais confirmações de mortos e também de sobreviventes do temporal da última terça-feira (15).
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Balanço atualizado as 13h indica que 111 corpos foram localizados sem vida. Do total, 101 estão no Instituto Médico Legal (IML), sendo 65 de mulheres e 36 de homens. Entre os mortos, há ao menos 13 menores de idade. Até agora, 33 vítimas foram identificadas.
A Prefeitura de Petrópolis comunicou que os corpos estão sendo liberados aos poucos para que os familiares possam fazer o sepultamento das vítimas. Conforme a gestão, houve reforço no número de profissionais para exumação e enterro, além de cavar novas covas rasas no Cemitério central.
A estrutura do cemitério chegou a ser afetada pela água, mas não houve dano substancial. O executivo municipal também esclareceu que não tem a intenção de fazer enterro coletivo, a fim de preservar a despedida dos familiares.
A Secretaria Estadual de Defesa Civil informou que 24 pessoas foram resgatadas com vida. Rodoviários de dois ônibus que foram arrastados para dentro do rio Quintadinha estão entre os sobreviventes. Porém, o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) disse que ainda não tem possibilidade de apontar o número exato de pessoas que estavam nos veículos.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) indica que 134 registros de desaparecimento já foram feitos. O alto número tem motivado a força-tarefa de 500 bombeiros. O protocolo de resgate conta com balão de iluminação, gerador, unidade rebocável de iluminação, refletores, headlamp e lanternas comuns.
Previsão do tempo
Para esta quinta-feira (17), a previsão é um volume elevado de chuvas em Petrópolis, que podem chegar a 70 milímetros. A intensidade das precipitações irá reduzir até domingo (20), quando o nível de chuva deve atingir 20 milímetros.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta (Cemaden) ainda afirma que a possibilidade de novos eventos de movimentos de massa na Região Serrana permanece "muito alta", sobretudo em Petrópolis.
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Na prática, esses fatores demonstram um elevado nível de umidade do solo que pode favorecer a ocorrência de deslizamentos de terra mesmo na ausência de chuva.
Segundo o governador Cláudio Castro (PL), "foi a pior chuva desde 1932. Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária", avaliou.
As fortes chuvas da última terça-feira (15) foram causadas por uma frente fria que reforçou a descida de umidade da Amazônia. Isto faz com que as nuvens fiquem aprisionadas em montanhas como se fossem uma barreira física, o que impede o deslocamento da chuva para outros locais.