Presas injustamente na Alemanha, brasileiras passam frio e não conseguem contato com familiares
As passageiras tiveram as malas trocadas por funcionários do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, segundo investigação da Polícia Federal
A advogada das duas brasileiras presas injustamente por tráfico de drogas, na Alemanha, Luna Provázio, afirmou que as clientes não receberam roupas adequadas para suportar as baixas temperatura do país e também não conseguiram contato com familiares. As informações são do G1.
Jeanne Paollini e Kátyna Baía foram presas no último dia 8 de março, após terem as malas substituídas por outras que carregavam 40 kg de cocaína.
Conforme o portal, o contado das viajantes com o Brasil foi feito até agora “basicamente com a advogada” e por telefone fixo. O presídio alemão não permitiu videochamadas.
“Elas estão em celas separadas e me relataram que são minúsculas. Elas disseram que passam frio porque o presídio não fornece roupa de frio adequada e elas tiveram todos os bens pessoais apreendidos”, disse a advogada.
“Elas estão angustiadas porque estão presas há mais de um mês e perguntam muito pelos familiares. Elas estão morrendo de saudade. A Kátyna, por exemplo, não conseguiu falar com a mãe nesse tempo todo e elas são muito apegadas”, completou, em entrevista ao portal.
Entenda o caso
A veterinária e a personal trainer Kátyna planejavam fazer uma viajem para conhecer Berlim e outros países da Europa. No dia 5 de março, saíram do aeroporto de Goiânia, onde tiveram as malas trocadas por funcionários do equipamento.
Imagens do Aeroporto de Goiânia, de onde elas saíram, mostram as mulheres com a mala verdadeira.
Na escala em Frankfurt com destino a Berlim, elas foram presas. Até hoje, a bagagem das duas não foi encontrada.
Durante a investigação do caso, a Polícia Federal (PF) identificou que funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, driblavam o sistema, trocando etiquetas das malas para enviar droga para o Exterior.
A Alemanha chegou a confirmar os indícios de que as brasileiras são inocentes, mas precisa dos vídeos obtidos pela PF antes de liberá-las.