Portos clandestinos que facilitam tráfico e contrabando entre Paraguai e Brasil são destruídos

Ação da Polícia Federal pretende desestruturar quadrilhas que transportam armas, drogas, cigarros e mercadorias entre os países

Escrito por Redação ,
Imagens cedidas pela PF mostram criminosos descarregando materiais
Legenda: Criminosos importam armas, drogas, mercadorias, entre outras coisas do Paraguai para o Brasil.
Foto: Reprodução/TV Globo

Portos clandestinos às margens do Lago de Itaipu, no Paraná, foram destruídos por forças de segurança nacionais. A ação de combate ao tráfico e contrabando na fronteira do Brasil com o Paraguai foi noticiada na edição deste sábado (15) do 'Jornal Nacional', na TV Globo.

De acordo com o jornal, policiais federais monitoraram, de um helicóptero, um barco usado para cometer o crime. Embarcações do tipo costumam ser usadas por criminosos para importar armas, drogas, cigarros e mercadorias do Paraguai para o Brasil.

A estrutura das quadrilhas conta, inclusive, com um caminhão-tanque para abastecer o motor dos barcos, que, carregados, cruzam para o lado brasileiro por quase 1,5 mil quilômetros de margens.

Barco no mar leva carregamento ilegal
Legenda: Os criminosos utilizam barcos para fazer as importações pelas margens do País.
Foto: Reprodução/TV Globo

"É uma extensão muito, muito longa aqui que a gente tem dessa área de fronteira com o Paraguai direto, e a margem, sendo menos de 3 km uma da outra em vários pontos na realidade, facilita muito as ações, porque em menos de cinco, dez minutos, já ocorre a travessia, a descarga e o transbordo para os veículos. Então, muita vezes o trabalho tem que ser de já estar in loco nos locais", explicou o tenente Vitor Voltolini, do Batalhão de Fronteira da Polícia Militar do Paraná, ao 'Jornal Nacional'.

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Apreensões

Os policiais federais encontraram barcaças abarrotadas de cigarros. Além disso, em outra ação, os agentes apreenderam 125 pistolas, 21 espingardas e 10 fuzis que estavam escondidos em fundos falsos de dois caminhões que cruzaram a fronteira em uma balsa.

"As armas vêm em compartimento ocultos, muitas vezes são trazidas em malas que são facilmente dispensadas no rio quando existe essa possibilidade de abordagem policial, o que dificulta muito o desafio das forças de segurança que atuam aqui na região”, explica o delegado da PF Pedro Turin.

Só nesta semana, os federais destruíram 12 acessos ilegais, na margem brasileira, para obstruir a ação dos grupos criminosos. "Quanto mais fundo o buraco e mais as bombas estiverem no fundo, maior cratera vai fazer para evitar de qualquer carro, até 4x4, consiga acessar para lá", disse Luércio Turra, da Polícia Civil.

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