Pai de menor apreendido suspeito de agredir menino de 13 anos em escola diz que filho é inocente

Responsável por adolescente diz que filho 'não é um monstro' e está sendo vítima de uma injustiça

Escrito por Redação ,
Carlos Teixeira, de 13 anos, morreu uma semana depois de dois colegas pularem sobre suas costas em uma escola estadual
Legenda: O adolescente de 13 anos morreu uma semana após ser agredido nas costas por dois suspeitos em uma escola pública no litoral paulista
Foto: Arquivo pessoal

O pai de um dos adolescentes apreendidos por suspeita de envolvimento no caso do menino de 13 anos, que morreu após ser agredido em uma escola estadual em Praia Grande (SP), alegou que o filho é inocente e não praticou bullying contra a vítima. As informações são do portal g1.

Cauê Silva, de 37 anos, afirmou que o adolescente "não é um monstro" e está sendo vítima de uma injustiça. "Estamos todos desesperados porque meu filho não é um monstro igual estão pintando por aí. Estamos todos em choque, recebendo ameaças todo o tempo. Meu filho não teve nenhuma relação com a morte do Carlos e tão condenando ele. Isso é uma injustiça", disse.

De acordo com o serralheiro, o filho já estava dentro do banheiro antes das agressões a Carlinhos e apenas viu os outros meninos cometendo o bullying. "Nós acreditamos que, infelizmente, ele se encontrava no lugar errado e hora errada", afirmou o pai.

Veja também

Cauê Silva foi convocado a comparecer à escola porque o filho teve uma briga com Carlinhos antes da agressão no banheiro. Segundo a publicação, a discussão ocorreu porque o adolescente teria zombado do pirulito [doce] de Carlinhos, que perguntou o motivo da risada e o teria chutado [o filho de Cauê] na canela.

O aluno teria revidado a agressão dando dois socos no rosto de Carlinhos. Os dois sofreram advertência na escola. "Após isso não houve mais nada entre os meninos. [...] No caso do banheiro, meu filho já estava lá dentro e, na hora da briga, ficou assistindo igual a todos [outros]", alegou.

Adolescentes apreendidos

Dois adolescentes foram apreendidos e encaminhados à Fundação Casa, em São Paulo, no último dia 6 de maio, por envolvimento no caso do menino de 13 anos que morreu após ser agredido na Escola Estadual Júlio Pardo Couto, no município paulista de Praia Grande.

Os jovens de 14 anos foram apresentados espontaneamente por seus pais, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Eles permaneceram à disposição da Justiça.

Ainda segundo a pasta, um terceiro suspeito chegou a ser identificado, mas não foi apreendido por ter 11 anos, levando em conta o que estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente. 

As diligências do caso prosseguem a cargo da 1° Delegacia de Polícia de Praia Grande. 

RELEMBRE O CASO

Carlos Teixeira, de 13 anos, morreu uma semana depois de dois colegas pularem sobre suas costas em uma escola estadual. O pai do adolescente afirmou que o filho sofria bullying e acredita que a morte aconteceu em decorrência dos golpes nas costas. 

"A gente leva a criança para escola achando que a criança vai estudar, que vai estar segura e, ao final, olha o que acontece", lamentou o pai de Carlos, que trabalha como porteiro e manobrista.

A agressão contra a vítima aconteceu no dia 9 de abril, e segundo o pai, no mesmo dia o adolescente reclamou de dores nas costas e falta de ar ao chegar da escola. Julisses disse que levou o filho à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Praia Grande ao menos três vezes na semana, onde o filho foi medicado e, em seguida, liberado.

Os sintomas do adolescente se intensificaram no último dia 15, uma semana após a agressão. Com as queixas do filho, o pai de Carlos decidiu levá-lo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, em São Paulo, onde ele precisou ser internado e entubado. No dia seguinte, o jovem foi transferido para a Santa Casa de Santos e morreu após três paradas cardiorrespiratórias.

Assuntos Relacionados