Neonazista é preso por suspeita de estuprar um menino de 12 anos, no Rio de Janeiro

Ao cumprir mandado de busca e apreensão pelo caso de estupro de vulnerável, a Polícia se deparou com diversos materiais nazistas, incluindo nove armas

Escrito por Redação ,
Carteira nazista do suspeito
Legenda: O neonazista Aylson Proença Doyle Linhares é acusado de estupro contra uma criança de 12 anos
Foto: Reprodução

A Polícia do Rio de Janeiro encontrou um arsenal e materiais nazistas ao cumprir um mandado de busca e apreensão, nesta terça-feira (5), na casa de um homem acusado de estupro de vulnerável contra um menino de 12 anos, no bairro Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. As informações são do jornal O Globo

Aylson Proença Doyle Linhares foi denunciado por um vizinho que teve o filho de 12 anos importunado por ele. A 42ª Delegacia Policial (DP) passou a investigá-lo e apurou já haver outras tentativas de molestar crianças no condomínio. 

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Foi, então, expedindo um mandado de prisão temporária contra Doyle por tentativa de estupro e de busca e apreensão. Na casa do suspeito, os policiais encontraram bandeiras, uniformes, carteira de partido nazista, armas e munição.

Veja o foi encontrado com o neonazista:

  • Pelo menos 12 fardas nazistas originais, inclusive da SS — a Schutzstaffel, ou Tropa de Proteção, organização paramilitar ligada ao Partido Nazista;
  • Nove armas, entre pistolas, revólveres e fuzis;
  • Bandeiras nazistas;
  • Um quadro de Adolf Hitler;
  • Memorabilia nazista;
  • Um documento da SS com a foto de Doyle vestido com uma farda da SS e a "patente" de obergruppenführer (o equivalente, na SS, ao posto de general);
  • Recortes de jornal dos anos 1950 sobre nazismo e fascismo;
  • Medalhas do Terceiro Reich;
  • Miniaturas de estátuas, de veículos e submarinos;
  • Um capacete militar.
     

Doyle foi atuado em flagrante por porte ilegal de arma e discriminação racial. Ao jornal O Globo, ele disse que a sua coleção custa entre 3 e 4 milhões de euros (de R$ 19 milhões a R$ 25 milhões). Disse, também, que  apenas uma das fardas vale 250 mil euros.

Para o suspeito, não houve Holocausto e tudo foi um "complô dos judeus".

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mais de 1,1 milhão de pessoas (a maioria judeus) foram assassinadas pelos nazistas no campo de Auschwitz-Birkenau. Estima-se que 6 milhões de pessoas morreram ao longo de toda a guerra. 
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