'Galã do Tinder' é condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por aplicar golpe de R$ 150 mil em mulher
Golpista teria obtido R$ 500 mil de outra vítima
Renan Augusto Gomes, conhecido como “Galã do Tinder”, foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estelionato, pela Justiça de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, no último domingo (12). O homem foi considerado culpado de aplicar um golpe em uma mulher, roubando R$ 150 mil da vítima. Os dois se conheceram através de um aplicativo de relacionamentos.
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Condenado, o “Galã do Tinder” cumprirá a pena em regime fechado. No Código Penal, a punição para este tipo de crime pode variar de 1 a 5 anos de detenção.
O golpista chegou a subtrair R$ 500 mil de uma das testemunhas do caso, que foi identificada após a repercussão do crime.
VÍTIMAS
Preso no fim de setembro do ano passado, Renan foi capturado em São Paulo, ao tentar fugir com um carro importado.
A perseguição entre o criminoso e a polícia foi registrada nas câmeras da viatura policial, em uma câmera de segurança, e no celular de uma das testemunhas. As filmagens mostraram o momento em que o veículo de Renan bateu em outros três carros, parando em seguida.
Após a colisão, o golpista foi detido pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo.
Com a prisão do criminoso, ao menos cinco novos inquéritos foram abertos. A repercussão do caso fez com que várias mulheres procurassem a polícia e o Ministério Público afirmando terem sido vítimas de Renan. As denúncias estão sendo investigadas pela corporação.
Entre os casos, está o de uma mulher que teve um prejuízo de R$ 500 mil, enquanto outra revelou ter gastado R$ 15 mil com o golpista. Uma terceira vítima ainda diz ter perdido R$ 8 mil com as ações do homem.
Uma mulher de São Paulo guardou, por 10 anos, capturas de tela em que Renan a ameaçava. Os dois teriam se conhecido pela internet em 2011, quando ambos residiam em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
COMO RENAN APLICAVA OS GOLPES
De acordo com investigações da Polícia Civil, o criminoso contava às vítimas que era filho de alemães e tinha perdido os pais em um acidente, na iminência de aproximar-se das mulheres.
Para obter as quantias, Renan pedia dinheiro vivo ou, até mesmo, empréstimos bancários para ajudá-lo a abrir ou manter uma suposta empresa, que nunca chegou a existir.
Como forma de justificar as solicitações, ele alegava estar enfrentando problemas com bancos e com a Receita Federal. Ao conseguir os valores, o golpista desaparecia, deixando as mulheres com as dívidas.
Ainda conforme apurado pela corporação, o homem tinha diversos perfis em aplicativos de relacionamento, como Tinder, Lovoo, Inner e Happn. Por lá, ele se apresentava com o nome “Augusto Keller”.