Fisiculturista indiciado por matar a esposa diz que foi agredido dentro do presídio

A agressão teria partido de policiais penais; caso está sendo investigado pela Diretoria Geral da Polícia Civil de Goiás

Escrito por Redação ,
Fisiculturista Igor Porto acusado de espancar e matar a esposa Marcela Luíse
Legenda: Acusado de espancar e matar a esposa, o fisiculturista Igor Porto diz ter sido vítima de agressões no presídio
Foto: Reprodução/Instagram Igor Porto

O fisiculturista Igor Porto afirmou que teria sido vítima de supostas agressões dentro do presídio de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital de Goiás. Ele está preso desde o dia 17 de maio após ser indiciado por espancar a esposa, Marcela Luíse. 

Marcela Luíse morreu na última terça-feira (21) após passar 10 dias internada em estado gravíssimo. A causa da morte foi traumatismo craniano. 

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Segundo os advogados de defesa de Igor Porto, o fisiculturista teria sido agredido com socos e chineladas por quatro policiais penais dentro da unidade prisional. O episódio teria ocorrido na última segunda-feira (20), após passar pela audiência de custódia. 

As informações são do g1. A denúncia está sendo investigada pela Diretoria Geral da Polícia Civil de Goiás por meio de um procedimento administrativo. 

Investigação

Igor Porto foi indiciado por espancar e matar Marcela Luíse, com quem o fisiculturista era casado. Segundo a delegada responsável pelo casa, Bruna Coelho, Porto tinha a intenção de matar a companheira. 

"Não há dúvidas que a intenção dele era realmente matar a companheira. Pelos elementos que nós colhemos, observamos que as lesões são totalmente incompatíveis com uma queda da própria altura, chegando o perito médico legista a dizer que são compatíveis até mesmo com acidentes automobilísticos", afirmou a delegada.

Essa não teria sido a primeira vez que Marcela foi alvo de agressões do acusado. Segundo a delegada, diversas testemunhas afirmaram que era comum ver Marcela com feridas, hematomas no olho e perda de dentes. 

As investigações traçaram o perfil de Igor Porto como sendo "uma pessoa manipuladora e controladora". "(Ele) tinha vários relacionamentos extraconjugais, inclusive com o conhecimento e impondo isso a companheira. Entre outras provas que nos levaram a conclusão de que ele é o suposto autor do crime", argumentou a delegada Bruna Coelho. 

Contudo, ainda não foi possível determinar a causa do último espancamento a Marcela Luíse, que acabou resultando na morte dela. 

Por meio de nota, os advogados de defesa lamentaram a morte de Marcela Luíse, mas voltaram a defender que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares.  

"A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luíse, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal", diz o texto.

O pedido, no entanto, foi negado e o fisiculturista segue preso.

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