Família feita refém por Lázaro Barbosa agradece orações: ‘milagre’

Umas das vítimas, uma adolescente, foi encontrada embaixo da cama pelo criminoso

Escrito por Redação ,
Família sequestrada por Lázaro Barbosa
Legenda: As buscas pelo foragido entraram no 10º dia nesta sexta-feira (18)
Foto: reprodução

A família feita refém por Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, em Edilândia, Goiás, publicou um vídeo nas redes sociais, nesta quinta-feira (17), agradecendo a quem rezou pelo bem da vida deles e afirmando que "estão bem".  

"Passando para deixar um testemunho de milagre, um testemunho de vida. Deus restaurou a minha família. Esse aqui é o meu tio Edson, minha tia Jocélia e minha prima Michele. Passando aqui para agradecer a Deus, a todos que oraram pela nossa família e para dizer a vocês que eles estão bem, graças a Deus”, fala uma familiar das vítimas. 
 

Na terça-feira (15), a adolescente, de 16 anos, foi feita refém por Lázaro Barbosa. Ela foi encontrada pelo suspeito embaixo da cama, enquanto ligava para a Polícia, segundo revelou o irmão dela, em áudio veiculado na TV Anhanguera. Os pais deles também foram feitos reféns pelo foragido.    

Conforme o relato do jovem, Lázaro invadiu a chácara da família e abordou o pai, que omitiu a presença da filha no local.  

“Ela [a adolescente] se escondeu debaixo da cama e avisou a polícia. No que ela avisou, a polícia ligou e o cara escutou. Já arrancou ela debaixo da cama e mandou encher uma panelada de comida para ele”, relembrou.   

Lázaro amarrou o pai e ordenou que a mãe e a filha corressem à frente no caminho até um rio. No trajeto, o suspeito apontava uma arma para o homem e dizia as direções para onde deviam seguir, segundo o jovem.  

"Da casa lá onde meu pai tava, deve dar uns 2 km até o canavial. [Lázaro dizia] 'Desce correndo, passa aqui, passa no cascalho, anda dentro do rio, anda dentro do ‘poção’, não anda na areia não. Se olhar para trás eu atiro’”, contou ele.   

RESGATE E BUSCAS 

Na segunda-feira (14), policiais estiveram na mesma fazenda, Grota da Água do Valdo Silva, onde montaram um cerco para procurar Lázaro. Na ocasião, um agente que participou da ofensiva deixou o número de celular com a família e, na tarde de terça, recebeu a mensagem da adolescente.  

Os policias chegaram até o rio onde Lázaro mantinha a família refém e houve um tiroteio. O suspeito baleou um dos militares de Goiás no rosto, de raspão. O agente foi levado de helicóptero para uma unidade de saúde e passa bem. Lázaro conseguiu fugir e continuou sendo procurado pelos policiais.   

As buscas entraram no 10º dia, nesta sexta-feira (18). O homem é procurado pelas forças de segurança locais desde a última quarta-feira (9), quando ele invadiu uma chácara e assassinou a tiros quatro pessoas de uma mesma família no DF.  

Ele já possui uma condenação por homicídio, no Estado da Bahia e é também procurado no DF e em Goiás por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.  

Lázaro estaria ferido  

Nesta quinta, o suspeito foi avistado por um morador a 200 metros de uma chácara no município de Girassol. A Polícia foi até a localidade e trocou tiros com o criminoso, que teria ficado ferido após o confronto, mas conseguiu fugir.   

Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), Rodney Rocha Miranda, um cão da polícia farejou um pedaço de pano com sangue que teria sido usado por Lázaro, tentando estancar algum ferimento. "Ele pode ter ferimentos graves", disse o titular.   

"Ele desceu e foi para a mata. A equipe de cães apoiados pelo Bope [Batalhão de Operações Especiais] no encalço, ele tentou acertar os cachorros, os policiais o instalado e revidaram, ele entrou numa vala e a polícia perdeu o rastro dele", detalhou o secretário.  

Agentes da Força Nacional foram enviados a Goiás para ajudarem na procura do fugitivo e devem chegar nesta sexta-feira (18).  

"Não há nada de audacioso na conduta desse psicopata, ele está fugindo, ele não está no campo de conforto dele que é a mata, mas estamos apertando o cerco, saturando as áreas", afirmou Miranda.  

"Não podemos afirmar quando ele vai ser preso. Na última situação como essa, ele ficou 15 dias no mato na Bahia sem alimento, e só foi preso porque foi ferido", completou o gestor da pasta.  

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