Empresário encontrado morto em casa: veja o que se sabe sobre namorada suspeita e 'cigana' mentora
O corpo de Luiz Marcelo Antônio Ormond estava no sofá, ao lado de cartelas de morfina, e perto de dois ventiladores ligados e voltados para a janela
O empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto no próprio apartamento, no bairro Engenho Novo, Rio de janeiro, no último dia 20 de maio. O corpo já estava em estado de decomposição.
Ele foi encontrado no sofá, ao lado de cartelas de morfina. Junto ao corpo, estavam dois ventiladores, ambos ligados e voltados para a janela, que estava aberta. As informações são do portal g1.
Os investigadores acreditam que ele foi assassinado e o crime, premeditado. A principal suspeita é a namorada da vítima, que está foragida.
A causa da morte não foi apontada pela necrópsia do Instituto Médico-Legal. A polícia, então, solicitou exames complementares e espera o resultado.
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Brigas e motivação financeira
Conforme um amigo de Luiz Marcelo, o casal discutia frequentemente e a vítima possuía medo de separar devido aos bens que possuía.
"Ele falava muito que vivia muito em briga com ela. Ele sempre falava comigo, que eles brigavam muito e tudo mais. Ele era um cara que tinha medo de casar, que ele falava pra mim, por causa dos bens dele, com medo de separar", revelou ao g1.
Responsável pelo caso, o delegado Marcos Buss revelou ao veículo que a motivação do crime é econômica.
"Isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada", disse o delegado.
As investigações apontam ainda a "extrema frieza" da principal suspeita. Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver, por cerca de 3, 4 dias. Lá ela teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, ela teria inclusive descido para a academia, se exercitado, retornado para o apartamento onde o cadáver se encontrava", descreveu.
Última aparição da vítima
O empresário foi visto pela última vez na piscina do prédio onde morava. Câmeras de segurança do elevador do condomínio gravaram Luiz e a namorada subindo para o apartamento. Eles estavam com uma cerveja, uma sobremesa e se beijaram. Mas Luiz parecia não estar bem e tossia.
A suspeita dos investigadores é de que ele tenha sido envenenado ao comer o doce que estava com eles, um brigadeirão.
Segundo a polícia, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada do empresário, comprou um remédio de uso controlado nove dias antes da última aparição de Luiz vivo.
Quem são os envolvidos
A vítima é o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos. Ele atuava na área de administração, compra e venda de imóveis. Luiz também teve participação em um estacionamento, conforme apontaram os depoimentos.
A principal suspeita de cometer o crime é Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada de Luiz, é a principal suspeita do crime. A polícia acredita que ela queria se apossar dos bens e do dinheiro do empresário.
No depoimento realizado dois dias depois do achado do cadáver, ela disse à polícia que discutiu com Luiz e deixou a casa na segunda-feira (20), mas que antes ele havia feito um café da manhã para ela.
"Cigana" suspeita
Outra suspeita de participação no caso é Suyany Breschak. Ela se apresentou à polícia dizendo ser cigada. Segundo os investigadores, ela ajudou no planejamento do crime e foi presa na noite da terça-feira (28), em Cabo Frio, na Região dos Lagos dos Rio de Janeiro.
Ela seria uma mentora de Júlia, para quem realizava "trabalhos de limpeza". Suyany disse à polícia que nos últimos anos, júlia acumulou uma dívida de cerca de R$ 600 mil.
A suposta cigana disse ainda que rcebeu uma ligação da suspeita informando que o empresário estava morto e precisava de lençóis e cobertores para enrolar o corpo.
.O uso dos ventiladores, disse Suyany, foi para aliviar o mau cheiro na residência. O apartamento, afirmou no depoimento, foi lavado com água sanitária, já que um urubu chegou a aparecer na janela
Suyany relatou ainda que Júlia disse ter moído 50 comprimidos de um medicamento para dor e colocado no brigadeirão, antes de oferecê-lo para o empresário comer. Júlia ainda teria comido da sobremesa, mas em uma porçao sem o remédio.
A defesa de Suyany nega a participação dela no crime.
Suyany foi presa por ser suspeita de participação no homicídio, ao receber bens da vítima. Um amigo dela também foi preso após ser encontrado em posso do carro do empresário. Júlia está foragida.
O homem foi detido por receptação. Ele também estava com o celular de Luiz e apresentou um documento escrito à mão, supostamente assinado pela vítima, que teria transferido o automóvel para o suspeito.
Informalmente, ele declarou à polícia que Suyany e Júlia planejaram o crime e já vinham dando medicamentos ao empresário há algum tempo.
A polícia acredita que os bens do empresário foram vendidos em Cabo Frio.
Suspeita foi vista após o crime
A suspeita de matar Luiz foi foi vista pela última vez no sábado (18) sozinha no elevador do condomínio. Imagens de câmeras de segurança a mostram indo à garagem e levou cinco minutos para colocar alguns itens no porta-malas do carro do empresário antes de sair dirigindo.
No domingo (19) pela manhã Júlia malhou na a academia do condomínio e na segunda-feira (20), por volta do meio-dia, foi vista com dois celulares. às 13h, ela apareceu na portaria com duas bolsas e uma mala Cerca de uma hora depois, esteve na portaria, com uma mala e duas bolsas. Lá ela ficou por 20 minutos, até receber o cartão de uma conta conjunta que abriu com o empresário.