Eduardo Leite diz que Pix divulgado para doações no RS pertence a entidade privada
Os recursos doados serão destinados à Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul, que será a responsável por redirecionar o dinheiro para as vítimas das enchentes, segundo o governador
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que as doações recebidas pelo Estado, via Pix, serão destinadas a uma entidade privada, não aos cofres públicos. Segundo o tucano, a Associação dos Bancos do RS é que receberá o dinheiro e será responsável por redirecionar os recursos para as vítimas das enchentes.
"O PIX não é para o Governo. O PIX é para uma conta de uma entidade privada, que é a Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul. Não é dinheiro para o Governo. Nenhuma das ações que anunciamos aqui vai consumir os recursos do PIX", declarou Leite.
Os recursos devem atender à população no momento em que for possível reconstruir casas e recuperar bens perdidos na tragédia climática. Segundo balanço da Defesa Civil divulgado nesta quarta (8), 95 pessoas morreram, 128 estão desaparecidas, 158,9 mil estão desalojadas e mais de 370 estão feridas.
De acordo com o g1, o Governo do RS criou, por meio de um decreto, um comitê gestor com entidades, associações de municípios e entes privados, empresariais, sociais e assistenciais que decidirão a forma de aplicação dos recursos. "Uma vez decidida a forma de aplicação, são chamadas entidades sociais para que a gente possa fazer esse recurso chegar na ponta para as famílias, e ele vai ser priorizado para ajudar a reerguer as vidas das pessoas", continuou o governador.
Leite disse ainda que a arrecadação das doações deverá passar por auditoria e terá transparência, com acompanhamento público. "Tem transparência, tem cuidado, tem gestão compartilhada com a sociedade e tem, sobretudo, o foco de chegar nas pessoas. Não é dinheiro para o governo", reforçou.
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Tragédia no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul há quase duas semana sofre as consequências de fortes chuvas. Com várias cidades alagadas, foram registrados 95 mortos e 128 desaparecimentos. Além disso, quase 160 mil pessoas estão fora de casa, em abrigos ou casas de familiares e amigos, e mais de 370 necessitam de cuidados médicos.
As rodovias estaduais estão bloqueadas totalmente ou parcialmente em 95 trechos. Além disso, hospitais de campanha foram levantados pelo Governo Federal pra ajudar os feridos e desabrigados em pelo menos três cidades mais afetadas: Estrela, Canoas e São Leopoldo.