Delegada que se confinou em apartamento e atirou contra policiais tem liberdade provisória concedida

Monah Zein alega estar sofrendo perseguições e assédios na Polícia Civil de Minas Gerais

Escrito por Redação ,
Monah Zein é uma mulher branca de longos cabelos pretos. Na foto, ela está de cabeça baixa, assinando um papel
Legenda: A delegada Monah Zein está internada em um hospital e seu quadro é considerado estável
Foto: Reprodução/Instagram

Monah Zein, a delegada que teria atirado contra policiais e permanecido mais de 30 horas confinada no próprio apartamento, em Minas Gerais, foi liberada provisoriamente nesta sexta-feira (24). A audiência de custódia ocorreu no Fórum Lafayete, em Belo Horizonte. O caso é investigado em segredo de Justiça.

De acordo com o g1, Zein foi sedada e levada para um hospital particular. Ela está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), sob escolta, com quadro estável. A delegada Francione Tavares Lopes Fintelman, da Corregedoria, afirmou à imprensa que o internamento provisório foi devido ao "estado emocional" da delegada.

O que aconteceu?

Monah Zein é uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais que, na última terça-feira (21), teria atirado contra colegas da corporação. A confusão teria se iniciado após os policiais tentarem tomar a arma dela, que alega estar sendo perseguida em seu local de trabalho.

O que se sabe é que agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil teriam ido até o apartamento da delegada para confiscar a arma dela após terem visto mensagens com teor de risco à própria saúde que ela teria compartilhado em um grupo de amigos e colegas de trabalho. No entanto, ao chegarem ao local, teria ocorrido uma confusão generalizada que teria acabado em tiros. Desde esse momento, a delegada permaneceu trancada em casa, se recusando a sair. O imóvel, então, foi cercado.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, a delegada desabafou sobre as perseguições e os assédios que estaria sofrendo dentro da corporação. "Em nenhum momento dei a entender que iria tirar minha vida, que não ia voltar para aquele purgatório. Meus pedidos para a Corregedoria [de investigação sobre as perseguições e os assédios] são simplesmente ignorados. Eu apresentei na ouvidoria do Estado, na ouvidoria da Polícia, na Corregedoria, no fiscal do MPMG [Ministério Público de Minas Gerais]", afirmou.

As acusações, contudo, resultaram em uma sindicância da Corregedoria da Polícia Civil contra a servidora.

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O que diz a defesa da delegada?

Segundo o g1, a defesa de Monah Zein afirma que o estado de saúde da delegada é delicado e que ela está assim devido às "perseguições e retaliações" que tem sofrido na Polícia Civil, "instituição que vem adoecendo seus servidores sem prestar qualquer tipo de assistência".

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