Cônsul comemora soltura de brasileiras presas na Alemanha
Alexandre Vidal Porto compartilhou uma foto de Jeanne Paollini e Kátyna Baía brindando e comemorando a liberdade
As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, presas injustamente na Alemanha, por tráfico internacional de drogas desde o dia 5 de março, após terem suas malas trocadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, foram soltas, nesta terça-feira (11). A informação foi confirmada pelo cônsul brasileiro, em Frankfurt, Alexandre Vidal Porto, nas redes sociais.
Nas redes sociais, o cônsul escreveu "Kátyna e Jeanne, livres e brindando, enfim”, celebrou. Na manhã desta terça, o Ministério Público do país autorizou a liberação das duas. De acordo com Chayane Kuss de Souza, advogada de defesa das brasileiras, elas foram inocentadas e não precisaram esperar nenhum trâmite processual.
Lorena Baía, irmã de Kátyna, agradeceu a benção de ser acolhida pela a equipe do consulado. "Que alegria! Que benção! Aqui fomos acolhidas com muito afeto e segurança pela equipe do Consulado. Agradeço o Embaixador Alexandre Vidal Porto por nos abrir as portas de sua casa", escreveu.
"Aos que se uniram a nós pela fé, nessa rede de amor e solidariedade recebam o nosso abraço carregado de gratidão", concluiu Lorena.
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Prisão injusta
As brasileiras foram presas injustamente por tráfico internacional de drogas na Alemanha, após terem as etiquetas das malas trocadas. Elas foram detidas em 5 de março com destino a Berlim e estavam presas há quase um mês, segundo a Polícia Federal.
Câmeras de monitoramento registraram o momento em que as etiquetas nas malas das brasileiras foram trocadas por funcionários do aeroporto. Segundo a Polícia, dois suspeitos usaram um "ponto cego" na área de segurança do terminal para colocar os rótulos da bagagem da dupla nas bolsas com os 40 kg de cocaína.
O método de ação do grupo criminoso investigado consiste na retirada da etiqueta da bagagem despachada e colocação em outra, contendo as drogas ilícitas.
As vítimas saíram do aeroporto de Goiânia, Goiás, no dia 5 de março, e durante a escala na cidade paulista foram alvos do golpe. Depois, elas realizariam uma nova escala em Frankfurt e seguiriam para Berlim, mas foram interceptadas pela polícia alemã.
"Caminhei algemada pelo aeroporto de Frankfurt, escoltada por vários policiais, sem saber o que estava acontecendo. O policial apresentou as supostas malas, nós falamos, de imediato, que aquelas malas não eram nossas. Fomos transferidas para outro prédio. Uma cela onde as paredes têm escritos de fezes. É uma cela fria, não tem janela", detalhou Jeanne.
Malas diferentes
No terminal goiano, as câmeras de segurança registraram que o casal deixou o local com mala nas cores preta e rosa, mas desembarcaram na cidade alemã com bagagens diferentes. Em Guarulhos, o sistema de monitoramento flagrou o momento em que duas mulheres despacharam duas bolsas iguais às apreendidas com as brasileiras na Alemanha e, cerca de três minutos depois, deixaram o aeroporto sem embarcar. Até hoje, as bagagens das brasileiras não foram encontradas.
"É preciso que tenha mais cuidado com a nossa bagagem. Isso é uma responsabilidade muito grande. E isso pode afetar a vida de muitas pessoas", declarou Jeanne.
Durante a investigação do caso, a Polícia Federal (PF) identificou que funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, driblavam o sistema, trocando etiquetas das malas para enviar droga para o Exterior. A autoridade prendeu seis suspeitos de envolvimento no esquema criminoso. As imagens que provam a inocência do casal foram enviadas para os órgãos alemães.