Pai de Henry Borel celebra nascimento de segunda filha: 'Novo começo'
O engenheiro anunciou, ao lado da companheira, que o bebê é uma menina e se chamará Valentina
Quase três anos após a perda do filho, Leniel Borel, pai do menino Henry, que morreu aos 4 anos, por conta de agressões do padrasto e pela omissão da mãe, usou o seu perfil no Instagram, nesta segunda-feira (22), para anunciar a chegada do segundo filho.
"Vem, Valentina! Um novo começo", escreveu o engenheiro.
No vídeo, a médica Larysse Boel, de 28 anos, também compartilhou seus sentimentos ao lado do esposo, Leniel Borel, de 40 anos.
"Muito ansiosa, muito feliz, muito grata a Deus por estar nos dando essa oportunidade. E é isso, muito obrigada pelo apoio de todo mundo..."
O engenheiro revelou em entrevista à revista Veja que demorou a tornar público o segundo casamento e a nova gravidez por receio de que a notícia desviasse a atenção do que considera mais importante, a punição dos “assassinos do seu filho”.
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O casal conta que Valentina foi planejada e desejada, mesmo que a notícia da sua chegada tenha acontecido antes do que eles esperavam. Curiosamente, a data prevista do nascimento da filha, caso tudo ocorra natural e o parto seja natural, é 3 de maio, exatamente o dia do aniversário de Henry. O menino faria 8 anos em 2024.
Relembre o caso
Henry Borel tinha apenas 4 anos quando morreu no apartamento onde morava com a mãe, Monique Medeiros, e o padastro, o ex-vereador Jairo Souza dos Santos Jr, conhecido como Dr. Jairinnho.
O caso aconteceu na madrugada de 8 de março de 2021, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro. As investigações apontam que Henry sofreu, pelo menos, 23 lesões por ação violenta no dia de sua morte, segundo laudo médico. As agressões foram causadas pelo padrasto do menino e foram omitidas pela mãe.
Os peritos identificaram que Monique e Jairinho demoraram 39 minutos para socorrer Henry, que já chegou morto ao hospital.
Monique relatou ter acordado de madrugada, por volta das 3h30, com o barulho da TV. Ela levantou e foi ao quarto onde o filho dormia. Encontrou-o caído no chão, com mãos e pés gelados e olhos revirados, e então ela acordou Jairinho. As imagens do elevador, porém, mostram que ela saiu de casa para levar a criança à emergência às 4h09. Depois a versão foi mudada pela mãe, dizendo que foi Jairinho quem acordou primeiro, viu Henry e chamou Monique.
O casal levou a criança ao Hospital Barra D’Or, no mesmo bairro, onde foi constatada a morte de Henry. Médicos que atenderam o menino afirmaram que ele chegou morto à unidade de saúde.
Jairinho e Monique foram presos temporariamente em 8 de abril de 2021, acusados de atrapalhar as investigações e ameaçar as testemunhas. Monique, no entanto, teve a prisão revogada em agosto de 2022 pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ela voltou à prisão meses depois.
A polícia concluiu que o ex-vereador agredia o enteado e que Monique sabia da situação pelo menos desde fevereiro de 2021.
Jairinho é réu por homicídio triplamente qualificado e tortura contra a criança, além de coação de testemunhas. Ele continua preso.