Após 3 meses, brasileiros vítimas de tráfico humano em Mianmar são resgatados

Luckas Viana dos Santos e Phelipe Ferreira foram para a Tailândia com a promessa de emprego, mas foram capturados e mantidos em condições precárias

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Redação producaodiario@svm.com.br
Brasileiros foram capturados por rede de tráfico humano no final de 2024
Legenda: Brasileiros foram capturados por rede de tráfico humano no final de 2024
Foto: Divulgação

Os brasileiros Luckas Viana dos Santos e Phelipe Ferreira foram resgatados após cerca de três meses como vítimas de uma rede de tráfico humano em Mianmar, no Sudoeste Asiático. A liberação da dupla foi confirmada por Antônio Ferreira, pai de Phelipe, ao jornal O Globo

Naturais de São Paulo, eles foram à Tailândia com a promessa falsa de empregos na região. No entanto, foram capturados, mantidos em condições precárias e perderam contato com a família. O resgate foi possível a partir do auxílio de uma ONG especializada em casos de tráfico humano pelo mundo. 

“Daqui uns 15 dias eu creio que eles vão estar no Brasil”, afirmou Antônio Ferreira, em entrevista à CNN Brasil. “Se Deus quiser, agora, na vida deles, quero que seja normal, embora eles estejam abalados psicologicamente. Vamos estar ajudando.”

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Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que vinha trabalhando junto às autoridades, desde outubro do ano passado, para a libertação dos paulistanos. Os esforços internacionais contaram com a atuação das embaixadas brasileiras em Yangon, no Myanmar, e em Bangkok, na Tailândia.

"Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros", ponderou o Itamaraty. 

OFERTA ENGANOSA DE TRABALHO 

Os dois brasileiros foram para a Tailândia com promessas falsas de empregos de salários altos e custos de deslocamento bancados pela suposta empresa. A dupla já tinha experiência em cassinos no Sudeste Asiático e recebeu as propostas por meio de aplicativos de mensagem. 

Luckas caiu na rede de tráfico humano em outubro do ano passado, enquanto Phelipe foi capturado no fim de novembro. Os dois foram mantidos em condições precárias no mesmo complexo, segundo informações do jornal O Globo.

No local, os brasileiros eram obrigados a aplicar golpes virtuais em pessoas de todo o mundo. Eles eram vítimas de torturas, como choques e agressões físicas, além de ameaças de morte.

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