Anvisa proíbe venda de atum da marca Cellier devido a casos de intoxicação alimentar
Produto teve contaminação confirmada e já teve lote específico retirado de circulação
O atum ralado fabricado pela empresa Cellier teve a venda proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após notificação de casos de intoxicação alimentar em Centros de Educação Infantil em São Paulo. Publicada na última semana, a medida estabelece que todas as unidades do lote fabricado no dia 8 de maio deste ano, com validade até 8 de maio de 2025, seja recolhido.
Os casos de intoxicação foram relatados pelo Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo, na cidade de Campinas, ainda no fim de julho, e estão relacionados à histamina após o consumo do pescado.
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"A contaminação do produto com valores acima dos limites tolerados pela legislação sanitária foi confirmada por um exame laboratorial realizado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)", aponta a anota oficial da Anvisa.
Histamina
A substância citada no relatório da agência pode se formar após a morte de peixes, o que ocorre em condições de manuseio ou armazenamento inadequado, não sendo retirada naturalmente com o tratamento do processo térmico.
Outro problema, que deve ser tratado com cuidado na fabricação, é que os peixes podem conter níveis tóxicos de histamina sem apresentar mau cheiro, alteração na consistência ou na coloração.
Caso o alimento contaminado seja consumido, alguns dos sintomas da intoxicação são dormência, formigamento e sensação de queimação na boca, erupções cutâneas no tronco superior, queda de pressão, dor de cabeça, coceira na pele, náusea, vômito e diarreia. No entanto, segundo médicos, eles são leves e podem desaparecer em poucas horas.
Segundo a Cellier, que enviou comunicado ao jornal Extra, uma investigação apontou contaminação em um lote do atum ralado. Por conta disso, e após a determinação da Anvisa, o lote foi retirado de circulação.