Anvisa diz que não tem data para liberar vacina contra novas cepas do coronavírus

O órgão informou que o imunizante passa por uma "fase final" de análises

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
Vacina Pfizer
Legenda: Nova formulação possibilita uma proteção mais específica num contexto de mutação do coronavírus
Foto: AFP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que a nova vacina que protege contra as novas cepas do coronavírus ainda não tem data para ser liberada no Brasil. De acordo com nota divulgada pelo órgão nesta quarta-feira (16), o imunizante passa por uma "fase final" de análises e deve ser liberado "em breve", mas não há perspectiva de quando ele começará a ser aplicado no país.

"Os processos estão em fase final de análise pela área técnica, para posterior envio à Diretoria da Agência para deliberação, considerando que se trata de autorização de uso emergencial. Não há ainda data fixada de decisão, mas a mesma deve ocorrer em breve", afirmou a Agência em nota.

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Ainda conforme o comunicado, "estão em fase final as análises das novas versões de vacina do laboratório Pfizer contendo as subvariantes BA.1 e BA.4 /BA.5. A agência diz ainda que a liberação depende de etapas como esclarecimentos dos fabricantes e discussão com sociedades médicas.

Novas cepas do coronavírus

Após uma diminuição de casos proporcionada pelo uso disseminado das vacinas, a ocorrência de infectados com coronavírus voltou a crescer no mundo todo. Na semana passada, a China registrou a maior quantidade de casos dos últimos seis meses.

No Brasil, o número de confirmados com a doença também cresceu. No último dia 11, o País registrou 20.914, o maior número desde o dia 31 de agosto, quando foram registrados 61.085 com a doença.

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O aumento acontece depois do surgimento de novas subvariantes da variante Ômicron, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais. Além da nova geração de vacinas, médicos recomendam o reforço com as terceiras e quartas doses das vacinas atuais

Ceará confirma casos da Ômicron BQ.1

Na última sexta-feira (11), o Ceará confirmou os primeiros casos da variante Ômicron BQ.1. Pelo menos 11 amostras positivas indicam a circulação da forma viral no Estado, como apontam testes sequenciados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) e pela Fiocruz Ceará.

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou quatro dos casos da subvariante BQ.1 da Covid-19 no Estado por sequenciamento genômico. "Os pacientes, residentes de Fortaleza, estão sendo acompanhados e apresentam apenas sintomas leves da doença", detalhou a Sesa.

A ômicron, com as subvariantes BA.4 e BA.5, é a cepa que predomina no Ceará desde fevereiro de 2022, segundo monitoramento da Fiocruz. Ela foi a responsável pelas últimas duas ondas de Covid no Estado.

Com isso, a recomendação para completar os esquemas vacinais contra a Covid-19, com doses de reforço, conforme faixa etária, é reforçada pela Sesa. "Diante de sintomas, a indicação é fazer o uso de máscara e buscar uma unidade de saúde municipal para realizar a testagem", completou.

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