Anvisa aprova novo medicamento para uso emergencial contra a Covid-19

O Molnupiravir é indicado a pacientes que apresentam risco de ter a forma grave da doença; anteriormente, o antiviral Paxlovid já tinha sido aprovado

Escrito por Redação ,
Legenda: Remédio evita casos graves da doença
Foto: Gerard Julien / AFP

O medicamento Molnupiravir, da empresa Merck Sharp & Dohme (MSD), foi aprovado para uso emergencial no tratamento da Covid-19. A liberação do remédio foi dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quarta-feira (4).

O remédio, de uso oral e domiciliar, evita o desenvolvimento de uma versão resistente do novo coronavírus, ao reduzir as chances dele se multiplicar e reproduzir no corpo humano.

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O órgão já havia liberado o medicamento Paxlovid para tratamento da Covid-19 no Brasil. 

A liberação é para uso emergencial em adultos, e o antiviral deve ser vendido somente sob prescrição médica. 

Indicações de uso

Segundo detalhado pela Anvisa, o Molnupiravir é voltado para adultos com alto risco de progressão da doença para casos graves, assim como para os pacientes que não requerem oxigênio suplementar.

No entanto, é preciso ser limitado a cinco dias consecutivos. Assim, os pacientes devem utilizar o tratamento somente nos primeiros dias desde o início dos sintomas.

Além do Brasil, outros 17 países também já realizaram a aprovação do medicamento, como os Estados Unidos, o Japão, a Austrália. O Reino Unido e a Europa também liberaram. 

Restrições do medicamento

O medicamento não é recomendado durante a gravidez e a amamentação, porque estudos apontaram que altas doses de Molnupiravir podem afetar o desenvolvimento do feto. Além disso, é contra indicado para:

  • Uso em pacientes com menos de 18 anos;
  • Início do tratamento em pacientes que necessitam de hospitalização devido à Covid-19, uma vez que seus benefícios não foram observados em indivíduos quando o tratamento é iniciado após a hospitalização.
  • Uso por mais de cinco dias consecutivos;
  • Profilaxia pré-exposição ou pós-exposição para prevenção de Covid-19.

 

MEDICAMENTO NÃO SUBSTITUI VACINA 

A diretora da Anvisa e relatora do processo de liberação, Meiruze Freitas, alertou que o produto não substitui a vacina contra a Covid-19, apenas acrescenta um novo tratamento para reduzir os danos da pandemia.

“Reitero que a vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19 grave, as hospitalizações e os óbitos”, destacou a diretora.  

O medicamento deve ser entregue exclusivamente pelo farmacêutico, com orientação ao usuário de que é para uso individual e exclusivo ao paciente. Por isso, o Molnupiravir só pode ser utilizado por indivíduos que passaram por avaliação médica e receberam a prescrição. 

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