Anestesista colombiano é indiciado por estupro de vulnerável no centro cirúrgico

Médico também é suspeito de armazenar mais de 20 mil arquivos de pornografia infantil

Escrito por Redação ,
anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo
Legenda: Anestesista foi preso e responderá por estupro de vulnerável
Foto: Reprodução/TV Globo

O anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo foi indiciado por estupro de vulnerável nesta segunda-feira (23). Conforme a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o relatório foi encaminhado hoje ao Ministério Publico. As informações são do jornal O Globo.

"O inquérito foi concluído. Já fiz o relatório final, e o resultado é o indiciamento do médico suspeito pelo crime de estupro de vulnerável. Pedi também o compartilhamento da prova que vai ser colhida após a perícia no computador e no celular dele", afirmou o delegado responsável pelo caso, Luiz Henrique Marques, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav).

O homem tinha o hábito de filmar o ato violento e colecionar as imagens. Ele foi preso no último dia 16, suspeito de estuprar pelo menos duas pacientes sedadas durante procedimentos cirúrgicos em hospitais das redes pública e particular.

Crimes

Além de ser investigado por estupro de vulnerável, Andres é suspeito de armazenar pornografia infantil. Dentre o vasto material de vídeo guardado, com mais de 20 mil arquivos, a polícia encontrou três gravações onde o colombiano aparece abusando sexualmente de pacientes. 

Segundo as autoridades, a análise do material de vídeo chamou atenção pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam bebês com menos de 1 ano.

No Brasil, a pena para o crime de estupro pode variar de oito a 15 anos de prisão.

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Vítimas

Uma das vítimas foi operada no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema, em dezembro de 2020. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, o médico deixou de atuar na unidade em setembro de 2021.

Em nota, o órgão informou que “já solicitou à direção da unidade hospitalar todos os dados e prontuários do período em que o médico trabalhou como prestador de serviço e vai instaurar uma sindicância para apurar as devidas responsabilidades”.

A segunda vítima foi uma paciente do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Fundão, Ilha do Governador. Ela estava internada para retirar o útero, em fevereiro de 2021, e se reconheceu nas imagens. A mulher lembra que estranhou ficar muito tempo desacordada após o procedimento - cerca de duas horas a mais que a irmã, que havia feito a mesma cirurgia.

Em nota, a unidade de saúde disse que Andres “ingressou em um curso técnico-prático (semelhante a uma especialização) em março de 2018 e concluiu em fevereiro de 2021” e que o curso realizado “resulta em um certificado que permite a ele participar de cirurgias e/ou procedimentos sempre com a supervisão de um profissional responsável”.

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