Usina nuclear atingida em bombardeios russos não registra mudança nos níveis de radiação
A informação foi dada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) às autoridades ucranianas
Após um bombardeio russo, um incêndio foi registrado na usina nuclear de Zaporizhia, no centro da Ucrânia. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) logo declarou às autoridades ucranianas que não foram detectadas mudanças nos níveis de radiação na maior usina nuclear da Europa.
"O regulador ucraniano disse à AIEA que não há mudanças registradas nos níveis de radiação em Zaporizhia", tuitou o órgão da ONU.
Anteriormente, o diretor da agência, Rafael Mariano Grossi, já havia pedido "o fim do uso da força" e alertado para um "perigo grave se os reatores fossem atingidos".
Segurança da usina nuclear 'garantida'
Autoridades ucranianas disseram que a segurança na usina nuclear de Zaporizhia está "garantida", após o local ser afetado pelo fogo de um bombardeio das forças russas.
"O diretor da usina disse que a segurança nuclear agora está garantida. Segundo os responsáveis pela usina, um prédio de treinamento e um laboratório foram afetados pelo fogo", declarou no Facebook Oleksander Starukh, chefe da administração militar da região de Zaporizhia.
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Em meio à ocorrência, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou a Rússia de recorrer ao "terror nuclear" e de querer "repetir" a catástrofe de Chernobyl.
"Alertamos o mundo inteiro para o fato de que nenhum outro país, exceto a Rússia, disparou contra usinas nucleares. Esta é a primeira vez em nossa história, a primeira vez na história da humanidade. Este Estado terrorista está agora recorrendo ao terror nuclear".
Após o bombardeiro da usina nuclear, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com Zelensky. Segundo um alto funcionário dos EUA, a conversa focou no ataque à usina localizada no centro da Ucrânia.