Rússia diz que atacará infraestruturas de segurança de Kiev e pede saída de moradores

Ministério russo afirma que medida será tomada para evitar "ataques de informação" contra o país

Escrito por AFP e Estadão Conteúdo ,
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Legenda: Rússia diz que atacará Kiev e pede que moradores saiam
Foto: AFP

A Rússia afirmou que atacará as infraestruturas dos serviços de segurança ucranianos em Kiev e pediu a retirada dos civis que vivem perto destas unidades.

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"Para deter os ataques virtuais contra a Rússia serão realizados ataques com armas de alta precisão contra as infraestruturas tecnológicas do SBU (serviço de segurança) e o centro principal da Unidade de Operações Psicológicas em Kiev", afirmou o porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov.

"Pedimos aos habitantes de Kiev que moram perto dos centros de retransmissão que abandonem suas residências", acrescentou.

Essas observações ocorrem no momento em que as forças russas, que invadiram a Ucrânia na quinta-feira (24), intensificam os esforços para tomar a capital.

Durante a noite, imagens de satélite da empresa americana Maxar capturaram uma coluna de mais de 60 quilômetros de veículos e artilharia se movendo na direção de Kiev. O avanço deste comboio já estava perto do aeroporto Antonov, a cerca de 25 quilômetros de Kiev. 

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O Ministério da Defesa da Rússia enfatizou que eles não atingem alvos civis no território da Ucrânia, apenas infraestrutura militar, e que a população civil não estaria em perigo.

Os números, no entanto, parecem contradizer a Rússia. O Ministério do Interior da Ucrânia informou que até a segunda-feira (28), 352 civis ucranianos já foram mortos durante a invasão da Rússia ao país, incluindo 14 crianças, segundo a Associated Press (AP).

Segundo o ministério, cerca de 1.684 pessoas, incluindo 116 crianças, ficaram feridas durante a invasão iniciada na última quinta-feira (24). 

Segundo a agência de noticias Ria, nas últimas semanas, a situação na região do Donbass, onde ficam as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk piorou, com o governo ucraniano concentrando a maior parte de seu exército na linha de contato e bombardeando a região com equipamentos proibidos pelos acordos de Minsk.

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