Nigerianos são resgatados em leme de navio: veja o que se sabe sobre o caso
No momento, o grupo de estrangeiros está abrigado em um hotel, aguardando retorno para o seu país de origem
Quatro nigerianos foram encontrados escondidos no leme de um navio, no litoral do Espírito Santo, nessa segunda-feira (10). A embarcação tinha como destino o Porto de Santos, em São Paulo.
Conforme a Polícia Federal do Espírito Santo, o navio com bandeira da Libéria partiu de Lagos, na Nigéria, no último dia 27 de junho. Isso significa que os estrangeiros viajaram 13 dias escondidos até serem descobertos pela própria tripulação da embarcação, que foi quem acionou as autoridades brasileiras.
Os nigerianos foram localizados no momento da troca de tripulação do navio, que havia parado no litoral do Espírito Santo, e o aviso à PF foi dado pelo comandante da embarcação.
"Todos foram resgatados pelo grupamento marítimo da PF. Em razão de suas condições precárias de saúde, e por motivos humanitários, foi autorizado o desembarque condicional", informou o órgão, em nota enviada ao Globo. Os federais afirmaram ainda que os estrangeiros alegam ser da Nigéria, mas não possuem documentos de identidade.
"Os estrangeiros foram conduzidos ao grupamento marítimo da Polícia Federal para identificação e procedimentos administrativos. Eles irão ficar sob custódia da agência mercantil do navio até a devolução compulsória à Nigéria", disse o delegado Eugenio Ricas, superintendente da Polícia Federal do Espírito Santo.
A embarcação que abrigava os imigrantes, contudo, segue parada no Espírito Santo, mas deve ser liberada ainda nesta terça-feira (11) para ir ao Porto de Santos.
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Condições precárias de saúde
A Polícia Federal revelou ainda que os imigrantes saíram de Lagos com comida apenas para três dias — a viagem durou mais que o triplo desse período. No momento, os quatro estão em um hotel, sob a custódia da agência marítima responsável pelo navio, enquanto aguardam o retorno compulsório para o seu país de origem.
Em um vídeo divulgado pela PF, é possível ouvir agentes falando que dois dos estrangeiros não sabem nadar.