O telescópio espacial James Webb registrou imagens da nebulosa de Tarântula, com uma precisão de detalhes que mostram jovens estrelas jamais vistas. Em publicação nas redes sociais, nesta terça-feira (6), a Nasa convidou os internautas a reservarem "um momento para observar" o captura.
O telescópio "revela detalhes da estrutura e composição da nebulosa, bem como galáxias de fundo", escreveu. Essa região do espaço é conhecida como 30 Doradus e é caracterizada por seus filamentos de poeira que lembram as pernas de uma aranha peluda.
Devido à à alta resolução dos instrumentos infravermelhos do Webb, milhares de jovens estrelas, galáxias distantes de fundo e a estrutura detalhada das nebulosas de gás e poeira se tornaram visíveis pela primeira vez.
O interesse astronômico pela nebulosa da Tarântula se deve a sua composição química, que é semelhante às grandes regiões de formação de estrelas observadas alguns bilhões de anos após o Big Bang, período chamado de "meio-dia cósmico", quando a formação das estrelas atingiu seu pico.
A apenas 161 mil anos-luz de distância, a Tarântula é um exemplo visível desse período florescente da criação cósmica.
Veja como funciona o telescópio Webb
A imagem de Webb é aproximadamente do tamanho de um grão de areia mantido no comprimento do braço, uma pequena lasca do vasto universo.
A massa combinada deste aglomerado de galáxias age como uma lente gravitacional, ampliando galáxias mais distantes, incluindo algumas vistas quando o universo tinha menos de um bilhão de anos.
Considerado o sucessor do histórico e revolucionário telescópio Hubble, o Telescópio Espacial Webb foi lançado pela Nasa em dezembro de 2021, partindo da Guiana Francesa - país que faz fronteira com o Brasil. O observatório foi projetado na década de 90, com previsão de lançamento inicial ainda em 2007.
Este campo profundo, tomado pela Câmera Quase Infravermelha (NIRCam) de Webb, é um composto feito de imagens em diferentes comprimentos de onda, totalizando 12,5 horas – alcançando profundidades em comprimentos de onda infravermelhos além dos campos mais profundos do Telescópio Espacial Hubble, que levou semanas.