A Nasa contratará uma segunda empresa capaz de preparar um módulo de pouso, responsável por levar astronautas à superfície da Lua. A decisão foi relatada na última quarta-feira (23), segundo a Folha de São Paulo, buscando garantir um plano reserva caso a fabricante de foguetes Space X não cumpra o projeto Starship.
A fabricante estadunidense de sistemas aeroespaciais, transporte espacial e comunicações, fundada por Elon Musk, foi contratada ainda em abril de 2021. Agora, com a abertura de licitação para uma segunda empresa, as chances de fracasso na missão são reduzidas.
Além disso, empresas como Dynetics e Blue Origin, que questionaram na Justiça a decisão da Nasa de fechar com apenas um projeto, poderão disputar esse novo contrato. A Space X ficará de fora.
Questões orçamentárias
Inicialmente, a agência justificou a escolha de apenas uma empresa em decorrência da verba disponível no governo.
Então, ainda cabe ao parlamento estadunidense liberar a quantia necessária para ter uma segunda empresa trabalhando no mesmo objetivo.
A proposta de orçamento para 2023 ainda será apresentada ao Congresso, não tendo sido definida pela agência governamental estadunidense, responsável pela Aeronáutica e Espaço.
Plano de missões da Nasa
A Nasa planeja realizar ao menos três missões tripuladas à superfície da Lua. Duas devem ocorrer com o veículo Starship, da SpaceX, e a última com essa outra espaçonave, ainda a definir. Dentre as primeiras missões já programadas, estão:
- Artemis I: voo sem tripulação, deve partir em junho de 2022;
- Artemis II: voo com pessoas dentro, não deve voar antes de 2024;
- Artemis III: voo e pouso tripulado, deve ocorrer em 2026.
Porém, só o segmento de pouso e decolagem lunares é promovido pelas empresas, enquanto o envio dos astronautas à órbita da Lua e de volta à Terra ocorrerá por meio da cápsula Orion, impulsionada pelo superfoguete SLS.