Entenda estudo brasileiro que identificou alterações genéticas em médiuns
Variações genéticas específicas foram encontradas em pessoas que têm dom mediúnico

Um estudo com participação de pesquisadores de universidades do Brasil apontou que médiuns têm alterações genéticas que poderiam levá-los a ter uma sensibilidade maior em relação às outras pessoas.
Realizada durante um ano, a pesquisa — feita nas Universidades de São Paulo, Federal de Juiz de Fora e Federal do Rio Grande do Sul — efetuou análises de DNA e foi publicada em janeiro deste ano pela revista científica Brazilian Journal of Psychiatry.
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No estudo, os DNAs de médiuns e de parentes não médiuns foram comparados, o que levou à identificação de variantes genéticas específicas nas pessoas com mediunidade.
Foram analisados na pesquisa o exoma, parte do genoma responsável por codificar proteínas, de 119 participantes: 66 sendo médiuns — sendo 12 deles sem parentesco com outros envolvidos no estudo — e 53 parentes deles que não possuem mediunidade.
Mais de 15 mil variantes genéticas exclusivas de quem tem mediunidade foram identificadas, com potencial impacto na função de 7.269 genes.
Segundo os resultados, essas variantes seriam relacionadas ao sistema imunológico e ao processamento de informações do ambiente, o que fortalece a ideia de que médiuns possuem sistema sensorial mais sensível aos estímulos do ambiente.
As diferenças genéticas foram primeiramente encontradas entre os 54 médiuns e os 53 parentes sem o dom mediúnico.
Em seguida, os DNAs dos mesmos 54 médiuns foram comparados aos dos 12 médiuns independentes. Desses 12, 11 deles tinham os mesmos genes específicos do grupo maior.
Novos estudos genéticos para avaliar outros aspectos espirituais, como as conhecidas “experiência fora do corpo” (EFC) e “experiência de quase morte” (EQM) estão no horizonte para futuras pesquisas.