O empate espelhou o futebol do clássico

Confira a coluna deste domingo (23) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Ceará e Fortaleza representam o futebol cearense na Série A do Brasileiro
Foto: Fabiane de Paula / SVM

O empate em branco deu o tricampeonato ao Fortaleza e o quadragésimo quarto título da história do Leão do Pici. Isto é o que importa para sua torcida.

Quanto ao jogo, a qualidade foi muito ruim, já que as equipes se anularam, fazendo excessiva marcação, sem nenhum lampejo de criatividade.

A decisão de truncar jogadas, com faltas seguidas, somada ao erro de passes, produziu um jogo sem emoções. A não ser por uma suposta penalidade (ou impedimento), em um lance entre Jorginho e Tinga.

Na segunda fase, uma finalização de David, que Richard defendeu, e algumas incursões para o gol, através de Saulo, constaram do fraco repertórios da partida.

Nem mesmo nos tais “minutos finais”, o Ceará, que precisava vencer, impôs ao Fortaleza um sofrimento por elevada pressão.

Nas alterações, o time do Vojvoda objetivou fechar mais os espaços e Guto Ferreira, fazendo uso do estoque de atacantes, nem volume satisfatório para pressão conseguiu.

Alas de insuficientes projeções, meias que não criaram nada e ataques mal municiados, por dentro e pelas extremas, esse foi o retrato bem acabado do nosso maior jogo.

Só podia dar empate.

Que nossas locomotivas não joguem essa bola no Brasileirão.