Preço da gasolina dispara e chega a R$ 5,09 em Fortaleza e R$ 5,27 no interior

Seguidas altas nas refinarias já refletem aumento considerável para o consumidor cearense

Legenda: Projeto que unifica cobrança do ICMS e transforma imposto em valor real não deve trazer muitos impactos ao valor do combustível cobrado ao consumidor, mas poderá ferir autonomia dos estados
Foto: Thiago Gadelha

Segue em plena ascensão o preço da gasolina no Ceará. Mais recente levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que, na máxima encontrada, o litro da gasolina comum já bateu R$ 5,09 em Fortaleza.

De acordo com a pesquisa, realizada entre os dias 31 de janeiro e 6 de fevereiro, este valor foi observado em apenas um posto, localizado na Avenida Historiador Raimundo Girão, na Praia de Iracema.

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Já os preços mais baixos verificados pela ANP na Capital foram em dois postos na Av. Dedé Brasil, por R$ 4,64 o litro. Cabe frisar que estes valores podem ter sofrido alterações desde a publicação do levantamento.

Considerando o preço médio, somente nas últimas quatro semanas, o litro da gasolina ficou 22 centavos mais caro em Fortaleza, saltando de R$ 4,75 para R$ 4,97. Veja no gráfico abaixo a evolução semanal.

No interior, a inflação do combustível tem alcançado patamares ainda mais astronômicos. Após chegar a R$ 5,08 na semana anterior, já atinge R$ 5,27 no Crato.

Em Juazeiro do Norte, a máxima é de R$ 5,08. Entre os municípios averiguados pela ANP, somente Maracanaú e Caucaia ainda não possuíam postos revendendo gasolina acima de R$ 5,00. O preço mais elevado nestas duas cidades é R$ 4,99.

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Na média do Ceará a gasolina já custa R$ 4,96, um acréscimo de R$ 0,21 em apenas uma semana. Entre os estados do Nordeste, este é o segundo maior valor, abaixo apenas do Rio Grande do Norte (R$ 5,13).

Gasolina deve ficar ainda mais cara; apertem os cintos

Para além do que já se vê nas bombas, a outra má notícia é que a escalada da gasolina tende a continuar, de acordo com projeções de especialistas.

Como se as recentes majorações aplicadas pela Petrobras já não fossem corrosivas o bastante para o bolso da população, ainda mais neste período em que o consumidor tem de lidar com despesas extras e outros aumentos, estima-se que a estatal deva realizar novos reajustes nas próximas semanas para ajustar o quadro brasileiro a oscilações no cenário internacional.