Continua sem freio a inflação da gasolina. De acordo com a nova pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que contempla o período de 21 a 27 de fevereiro, o preço máximo do litro em Fortaleza chegou a R$ 5,39, o que representa 20 centavos a mais que o apurado na semana anterior. Na média, o valor na Capital está em R$ 5,22. Os preços podem ter sofrido alteração desde a apuração do levantamento.
Em todo o Estado, a trajetória da gasolina segue em elevação. Em uma semana, o preço médio no Ceará saltou de R$ 5,13 para R$ 5,23, renovando o recorde histórico do Ceará. Mas, no ranking nacional, o Estado agora tem a 11ª gasolina mais cara do Brasil. Na semana anterior, era o quarto colocado.
Entre os municípios pesquisados pela ANP, a cotação mais elevada da gasolina no Ceará foi encontrada em Juazeiro do Norte, a R$ 5,53.
Confira preços da gasolina por cidade
Preço médio: R$ 5,245
Preço mínimo: R$ 5,150
Preço máximo: R$ 5,399
Preço médio: R$ 5,295
Preço mínimo: R$ 5,199
Preço máximo: R$ 5,499
Preço médio: R$ 5,223
Preço mínimo: R$ 4,799
Preço máximo: R$ 5,399
Preço médio: R$ 5,340
Preço mínimo: R$ 5,340
Preço máximo: R$ 5,340
Preço médio: R$ 5,360
Preço mínimo: R$ 5,309
Preço máximo: R$ 5,530
Preço médio: R$ 5,210
Preço mínimo: R$ 5,170
Preço máximo: R$ 5,440
Gráfico: evolução do preço da gasolina no Ceará
Pressões políticas abalam Petrobras
A escalada não deve parar tão cedo. Nesta semana, a Petrobras anunciou a quinta alta consecutiva nas refinarias. A empresa, inclusive, vem sendo alvo de pressões políticas por parte do presidente Jair Bolsonaro, que decidiu trocar o comando da petrolífera, tirando Roberto Castello Branco e colocando o general Joaquim Silva e Luna. A troca ainda não foi oficializada. Vista como interferência do Estado em uma empresa de capital aberto, o que costuma ocorrer nos governos petistas, a medida foi duramente criticada no mercado financeiro.
A cotação do dólar e o comportamento dos preços no mercado internacional estão entre os fatores que pressionam a inflação dos combustíveis no Brasil. Conforme especialistas, pelo menos no curto prazo, o cenário não deve mudar.