Sem alterar estrutura capilar, colorações sem amônia previnem quebra e queda dos fios

Composto gasoso presente em várias tinturas agride os cabelos, tornando-os mais frágeis e danificados, além de ser prejudicial à saúde no geral

Legenda: Com transformação capilar em casa, Nathalia Dill escureceu os fios

Seja para disfarçar os fios brancos ou para testar novas cores, as colorações capilares são bastante utilizadas. Apesar disso, os danos aos fios são facilmente percebidos especialmente quando o processo envolve descoloração ou outro tipo de química associada, como os alisamentos. Virar loira, por exemplo, requer cuidados bastante especiais e específicos.  

Para quem quer optar por um processo de coloração com menos agressão ao fio, o mercado já conta com opções sem compostos químicos e sem amônia, presente na maioria dos produtos de tintura, já que age abrindo as cutículas dos fios e melhorando a absorção do pigmento.

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Assim, esse produto é conhecido como coloração demipermanente e não altera a estrutura capilar. Apesar de agir apenas na superfície do cabelo, há uma cobertura de até 70% dos fios brancos. 

amônia, porémé um gás volátil que, além de ser prejudicial para o cabelo, também é para a saúde, pois pode atingir pele, olhos e vias áreas. Nas madeixas, as consequências são fios mais frágeis e danificados, o que pode levar à queda e à quebra, conforme explica a médica dermatologista Kaline Ferraz. 

“A amônia é bastante irritante para o couro cabeludo, então pode levar à queda do cabelo. É importante ainda destacar a diferença entre a quebra e a queda, pois a quebra é no fio, enquanto a queda é no couro cabeludo. Quando o cabelo cai, foi o bulbo capilar que sofreu”.  
Kaline Ferraz
dermatologista

Legenda: Com transformação capilar em casa, Nathalia Dill escureceu os fios
Foto: Divulgação

Coloração combinada com outras químicas  

Outro benefício da coloração sem amônia, parabenos e chumbo é poder utilizá-la com outros tipos de química. No geral, a recomendação é de que quem passe por processos de alisamento e descoloração evite outros compostos químicos para não causar mais dano.  

“É ainda uma possibilidade de versatilidade de precisar e querer mudar várias vezes. Imagina um cabelo quimicamente tratado mudar a cor várias vezes, essa frequência agride o couro cabelo e fio também, então é importante saber que você tem toda essa possibilidade de mudar o tom, dar brilho sem muita agressividade”, destaca a médica em talk da Soft Color, linha sem amônia da Wella Company.   

Além disso, Kaline pontua que há um menor risco de processos alérgicos, mas, para garantir, é necessário fazer um teste de mecha antes de aplicar a tinta em todo o cabelo. “Separe uma mecha próxima à nuca e aplique o produto no fio e no couro cabeludo. Caso não haja irritação e fio não fique borrachudo, o uso fica liberado”.  

Porém, a dermatologista alerta que, se sintomas como coceira, ardência, vermelhidão aparecerem, o ideal é evitar a aplicação.  

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Aplicação em casa 

No evento, que aconteceu nessa segunda-feira (30), a atriz Nathalia Dill, também embaixadora da marca, contou um pouco da experiência da mudança de cor do cabelo. A linha Soft Color conta com 24 tons e possui ingredientes naturais na fórmula, óleo de coco, manteiga de karité e aloe vera (babosa), três ativos bastante nutrititivos e hidratantes.  

Após apostar em cores escuras, claras, tons de ruivo e de loiro, ela escolheu escurecer os fios transmitindo mais naturalidade com maior contraste com a pele clara. Para a mudança, escolheu o Louro Escuro (tom nº 60).  

 “Gosto muito desse contraste, parece mais natural mesmo, me senti mais eu mesma. Não usar tanta química é impossível por causa do meu trabalho, então por isso que me identifiquei tanto com essa cor”. 
Nathalia Dill
atriz

A convite da Soft Color, Nathalia fez o processo de transformação em casa pela primeira vez e, para ela, foi um momento super prático e de autocuidado. “É também uma forma de empoderamento, de tomar as rédeas dos meus cabelos, escolher o que fazer, testar, ousar”.  

Legenda: A convite da Wella, Tori, Nathalia Dill e Paulinha Sampaio mudaram as cores de cabelo
Foto: Divulgação

Quem também topou mudar o visual foi a influenciadora Paulinha Sampaio com a cor Louro Escuro (tom nº 70), que fez coloração em casa e ainda usou técnica de descer um pouco da tintura para o comprimento dos fios para aproveitar as mechas que já tinha. 

“Contei com a ajuda de uma especialista em coloração pessoal pra ela me ajudar a escolher a cor da mudança, qual persona que eu quero ser esse ano. Eu até queria ficar ruiva, mas o tom não combinaria com minha pele, que é mais fria. Ter autoconhecimento é fundamental pra escolher a melhor cor”, sugere. 

Tratamento pós-coloração  

A médica Kaline Ferraz ressalta a importância de fazer um tratamento após o processo de coloração com máscaras capilares. No caso da linha Soft Color, o produto já vem um com um sachê de condicionador com sistema multitratamento.  

“Os ativos da fórmula dessa tintura já são bastante emolientes, mas o condicionador sela a cutícula e ainda nutre o cabelo. Se você não faz o tratamento depois, a cutícula fica aberta e faz com que a durabilidade da cor diminua, além de deixar as madeixas com um aspecto opaco, poroso, sem brilho”. 

É importante lembrar que o uso do condicionador deve ser em todas as lavagens, mesmo que se use uma máscara de hidratação, nutrição ou reconstrução, pois só ele tem a função de selagem de cutículas para proteger os fios.