Com soltura autorizada pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), por meio de habeas corpus, o vereador de Fortaleza Ronivaldo Maia (PT) deixa a prisão, mas não deverá retomar suas atividades na Câmara Municipal de Fortaleza, conforme apurou esta Coluna. O parlamentar, preso há dois meses por tentativa de feminicídio, está licenciado do cargo.
O petista foi preso em flagrante no dia 29 de novembro do ano passado após uma confusão em que teria jogado o carro e arrastado uma mulher de 36 anos, com quem mantinha um relacionamento. Ele é réu por tentativa de feminicídio.
Mesmo após deixar a prisão, além de continuar respondendo ao processo judicial, Ronivaldo Maia terá que usar tornozeleira eletrônica e cumprir uma série de restrições. Além disso, nas esferas administrativas, ele ainda corre risco de ser expulso do seu partido, o PT, ou enfrentar processo no Conselho de Ética do Legislativo.
Consequências administrativas
No primeiro caso, conforme reportagem das repórteres Luana Severo e Luana Barros, a comissão formada no PT para avaliar o caso do vereador, após ter acesso ao processo, concluiu que há indícios suficientes para que o partido abra um processo disciplinar contra o parlamentar por infringir o Código de Ética. O combate à violência contra a mulher é uma das bandeiras da legenda.
Já no Legislativo, para que o Conselho de Ética atue é necessária uma representação contra o parlamentar, o que não aconteceu até o momento.
Quem ocupa a cadeira conquistada nas urnas por Ronivaldo é o correligionário dele e primeiro suplente da coligação Dr. Vicente.
Esta coluna apurou com fontes próximas ao parlamentar que ele deverá se manter recluso e trabalhando exclusivamente na sua defesa no processo judicial. O vereador rechaça a tese de tentativa de feminicídio.