O senador Cid Gomes (PDT), em meio ao fogo cruzado dos aliados na véspera das definições sobre a sucessão estadual, está adotando uma postura de não dar declarações públicas sobre o assunto.
Em contato com este colunista, por ocasião da entrega da Medalha do Mérito Industrial, da Fiec, ele repetiu, insistentemente, que o momento não é de falar sobre o assunto.
Nessa hora, para quem tem preocupação, cuidado (com a aliança), é hora de ouvir mais e falar menos. E é isso que eu venho fazendo”
Lideranças de PT e PDT travam uma batalha, nos bastidores, entre os mais próximos do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e os simpatizantes da governadora Izolda Cela, pela indicação da candidatura ao governo.
Cid, assim, opta por não comentar o assunto e evitar dar margem a interpretações neste momento. A sinalização bastante eloquente que deu, entretanto, foi o fato de chegar ao evento dirigindo o próprio carro, tendo ao lado o ex-governador Camilo Santana (PT).
Bastidores
No início do mês, em entrevista, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), irmão de Cid, fez duras críticas ao que chamou de “um lado corrupto” do PT no Ceará. Até pela posição de comando de Ciro, as declarações agitaram a aliança e elevaram a temperatura dos embates.
Após as declarações, a convite do presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, Cid teve uma conversa com a bancada do PDT na Casa.
Conforme relatamos nesta coluna, o senador disse que foi pego de surpresa com as declarações, e reforçou que o interesse é pela aliança com o PT.
Na ocasião, apurou ainda esta coluna, Cid disse ter considerado oportuna e correta a nota soltada nas redes sociais pela governadora Izolda Cela, que na oportunidade, reforçou a “importância” dos aliados para o projeto em andamento.