E terminou como muitos previam o curto período de 'insubordinação' dos jogadores da Seleção Brasileira contra as atuais decisões envolvendo a Copa América e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ou seja, terminou em nada.
Atletas e comissão técnica criaram um clima de tensão no que parecia ser um momento de real interseção na história da Amarelinha. Mas não foi. É mais um fato que será desprezado na história e devolve a Seleção ao lugar que ela vem ocupando nos últimos anos: o de desinteresse.
Se dentro de campo a equipe já não empolga, tendo em vista os desempenhos nas últimas Copas do Mundo e também pelo baixo nível técnico dos amistosos e até mesmo das partidas oficiais contra os mesmos rivais sul-americanos, fora de campo, o contexto é o da sua mantenedora, a CBF.
Ou seja, um selecionado carente, com pouca identidade e fadado a um lugar secundário no coração de qualquer apaixonado por futebol. As convocações da Seleção, antes motivo de orgulho dos torcedores das equipes que cediam atletas, se tornaram um fardo para clubes, torcedores e dirigentes.
No texto anterior, afirmei que os atletas brasileiros davam um passo do qual não poderiam voltar. Mas voltaram. A consequência, além da antipatia elevada junto aos adeptos do presidente Bolsonaro, se somou à decepção daqueles que esperavam uma posição firme de uma instituição histórica e que, antes, tinha o seu lugar de importância na sociedade brasileira.
No fim, voltou-se tudo à história recente, como se houvera um delírio coletivo. Não dava para esperar muita coisa, não é verdade?